Alguém já parou para pensar que já se engoliu muito sapo e que não há mais como se tergiversar com os algozes do EB? Ainda outro dia se falou que “chutar os remos não é a solução”. Seria bom mesmo que isso não fosse necessário, mas, para tanto faz-se absolutamente necessário que, o alto comando, junto à comandante em chefe, apresente, desinteressada, corajosa e patrioticamente, em termos definitivos:
- Sua inconformidade pela forma como vem sendo conduzida a problemática do separatismo indígena, com previsão inclusive do emprego de forças federais contra pequenos proprietários que, ao invés de passarem o dia caçando, pescando e dançando, fazem da sua vida um trabalho diuturno para manterem o seu sustento.
- Sua desaprovação pela presença de militares americanos na bacia do Rio São Francisco, efetuando tarefas que deveriam estar afetas à engenharia do EB; que se diga, um fato que ainda não foi explicado, por ninguém de direito e dever, ao cidadão brasileiro.
- Sua repulsa pela proibição nos quartéis das comemorações do dia “31 de março”, uma atitude tiranicamente revanchista e de mão única, na medida em que se programam nos estabelecimentos de ensino do País, em todos os níveis, uma abordagem completamente distorcida do que foi o regime militar.
- Sua discordância, sem volta, com a “mão única” do trabalho deletério da “CNV”, demonstrando, com dignidade, que não vai mais admitir, até a retomada das duas vias nos interrogatórios daquela comissão, a convocação de companheiros veteranos da luta contra as guerrilhas rural e urbana que ensanguentaram o País.
- Sua indignação pela constante evasão, particularmente nas escolas de formação de oficiais e graduados, da fina flor de vocacionados para a carreira das armas, material humano de potencial diferenciado que, sem perspectivas de um soldo condigno com a sua capacidade, abandona a profissão desiludido.
- Sua percepção de que o real aparelhamento, com meios de dissuasão compatíveis para fazer o potencial inimigo desistir da luta, está sendo escamoteado pela distribuição de equipamentos individuais, viaturas e uniformes novos, acompanhados de recursos para alimentação nos quartéis, uma “musculatura” necessária mas de nenhum significado para fazer frente aos “grandes predadores militares”.
- Seu repúdio à ousadia de integrantes da” CNV”, verdadeiros algozes da Força Terrestre que, sem mais nem menos, passaram a invadir quartéis com objetivo de estudar a criação de memoriais em honra póstuma ao nosso inimigo maior de todos os tempos.
- Suas razões pelas quais vai cassar a MEDALHA DO PACIFICADOR a um sentenciado pela justiça, sob pena de, sem que isto se concretize, seja feita uma devolução em massa da comenda, por todos os oficiais-generais integrantes do alto-comando, que repudiam o fato de estarem seus méritos sendo nivelados por baixo por notório “mensaleiro” que cumpre pena em casa correcional.
Brasileiros e brasileiras, não há mais como se tampar o sol com a peneira. O pior cego é aquele que não quer ver! Quanto mais se cede, quanto mais se rebaixa, quanto mais se aceita a humilhação, a desfeita, a desfaçatez, mais e mais perdemos o respeito por nós mesmos, mais e mais abrimos mão da admiração pelos nossos subordinados, mais e mais nos apegamos às benesses dos cargos e funções.
Os “velhos soldados” estão só esperando por um comando, por alguém que dê este comando, afinal, por um COMANDANTE!
RESERVA/ATIVA>EB, UM POR TODOS E TODOS POR UM!
31 de janeiro de 2014
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior.
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