Do primeiro ano de mandato para 2013, Dilma perdeu o apoio maciço de 23 parlamentares mineiros e de nove partidos. Se, no ano passado, somente PT, PCdoB e PROS votaram com o governo em nove de cada dez propostas. Em 2011, eram 12 as legendas consideradas fiéis.
A adesão dos parlamentares do PSB, que rompeu oficialmente o governo no ano passado, passou de 92% para 67% no período. Outras siglas, que permanecem na base, no entanto, também afrouxaram na aliança. Caso do PSD, que teve seu apoio reduzido de 97% para 77%, ou do PDT, de 93% para 61%.
O único deputado federal pedetista de Minas, Mário Heringer, o mais infiel entre os aliados, diz que seu voto varia de acordo com o projeto. “E 61% é pouco?”, questionou. “Especialmente nesse período (2013), teve matérias de que, do ponto de vista técnico, eu discordava”, afirmou, citando as MPs dos Portos e a do Mais Médicos.
BASÔMETRO
O levantamento é feito a partir do Basômetro, ferramenta online de “O Estado de S. Paulo” que contabiliza os votos de cada parlamentar no Congresso.
Como era de se esperar, os correligionários de Dilma dominam o ranking dos mais fiéis (veja arte ao lado). Os nove parlamentares do PT nesta legislatura aparecem nas nove primeiras posições.
O primeiro é o novato Gabriel Guimarães, que, de 137 votações em que estava presente, posicionou-se contra o governo em apenas uma. Nilmário Miranda, que voltou à Câmara no início de 2013, votou 78 vezes a favor de projetos de interesse da Presidência e, em apenas duas vezes apresentou voto contrário. Sua taxa de fidelidade foi de 98%.
25 de janeiro de 2014
Lucas Pavanelli
O Tempo
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