Costumo dizer, há anos, que a Comissão da Verdade/Mentira não passa de gasto de chumbo bom em carne podre, isto é, desperdício de dinheiro público ao exercício de ressentimento sobre velhos, hoje, impotentes, e já excluídos do cenário de ações políticas, exercício, diga-se, pusilânime, pois, dispensa o denodo de perseguir as grosseiras violações ao direitos humanos cotidianamente perpetradas nestas Terras de meu D’us, sem falar dos ainda intocáveis poderosos – não, estes ficam a salvo, por exemplo Sarney e Delfim Neto (co-arquiteto econômico do quadro gerador de miséria espiritual e material que viceja agravadamente há meio século). Assim, antes mesmo, quiçá, servindo de causa às barbaridades extremas a nos estapear cotidianamente corações e mentes, há a fraude à democracia, note-se, a principiar pelo voto (eletrônico/apropriado, “minimum” em sua apuração por um Estado-Juiz capaz de fornecer dados cadastrais a entidades privadas, ou acabrestar eletronicamente a identidade digital dos cidadãos, sonho de qualquer Pol Pot ou Stalin de plantão), passando pelo modo do exercício do poder, apenas abstratamente, do povo, num quadro geral de subversão de conceitos elementares, tais quais: república, isonomia, dignificação da pessoa humana, formação de sociedade livre, justa e solidária, sem falar em insultuosa e fascista inversão pelo privilegiamento do Estado contra os cidadãos em geral, claro, ressalvados os mais iguais que os outros.
SIGNIFICADOS DISTORCIDOS Entretanto, em tempos de cancro neoliberal, de hipertrofia e incontinência das libidos por posses e por dominação, de hegemonia pluto-clepto-dividocrata, Hesíodo, terrificado, diria vivermos despidos da palavra, pois seus significados, quando usadas, são distorcidos ao bel-prazer da ocasião, logo, não passarmos de bestas-feras, ou a elas lançados – esta gente perigosíssima que se acastelou no Estado, lembrando-se que isso tudo foi continuado pelo Partido Traidor, o Partido Corso, que age segundo o beneplácito do grande capital financeiro e industrial.
Desarmam os de bem, pois, com bandido, diga-se, que consegue arma onde bem entende, tem acordo. Viva a delirante espetacularização generalizada. E ainda proibem a maconha. Convenhamos… Saudações libertárias.
30 de janeiro de 2014
Humberto Guedes
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