Não temos a quem recorrer, o quadro partidário atual é o mais medíocre da República. Poucos são os que se salvam da débâcle geral, ampla e irrestrita. O país está acéfalo de grandes lideranças, a nau navega sem um rumo, sem planejamento e nenhuma estratégia.
A política, como definiu Platão (“instrumento de melhoria da cidade”) virou prática da melhoria dos representantes do povo entre aspas, são representantes deles mesmos e de suas carreiras, que no final vão dar em nada literalmente. Todos envelhecem e ficam carecas, não adiantando implantar cabelos a preços estratosféricos pagos pela sociedade.
Eu gostaria de um dia ver políticos ocupando o Parlamento apenas por vocação, sem as mordomias e os salários que são pagos atualmente e que se configuram como vergonha e escárnio em comparação com os trabalhadores de salário mínimo, que não têm direito a passagem de avião de graça e que trabalham cinco ou seis dias da semana. Nossos representantes trabalham somente três e suas férias são de 60 dias. Qual a razão de tantos privilégios?
PRIVATIZAR O CONGRESSO
Haverá um dia em que o povo exigirá a privatização de deputados e de senadores, já que falam tanto que as privatizações operam milagres incomensuráveis para todos. Que tal experimentar? Talvez tivéssemos alguma melhora sob o regime das concessões do Legislativo.
Funcionaria assim: Quando fosse detectada a inépcia dos projetos de leis, seria aberta uma concorrência pública para uma determinada casa legislativa e a empresa vencedora da licitação ficaria encarregada de contratar juristas para fazer o que deixou de ser feito. Simples assim!
Não estamos na era da modernidade, e muitos parlamentares afirmam que não podem ficar contra a onda neoliberalizante. O mundo caminha para a frente, então vamos surfar na onda, mas, em todos os sentidos. Quero ver eles embarcarem nessa canoa furada, entretanto, acho que estou sonhando e imaginando que algum dia o sargento Garcia possa ter a felicidade de prender o Zorro.
Alea jacta est.
21 de janeiro de 2014
Roberto Nascimento
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