Há um ditado na ramo jurídico que diz o seguinte: “Quando um advogado defende a si mesmo, isso significa que um idiota está representando outro idiota”.
O caso de José Dirceu comprova essa situação. Mal assessorado juridicamente, o ex-ministro só vem cometendo erros, que acabam prejudicando suas pretensões.
Ele tem todo direito de cumprir a pena em regime aberto, na forma da lei. Ninguém pode contestar. O que está errado é o modo de tentar concretizar este direito.
Se estivesse bem assessorado juridicamente e não tentasse defender a si próprio, Dirceu já estaria no regime aberto e teria passado o Natal com a família.
ESTRATÉGIA ERRADA
As duas tentativas de emprego jamais poderiam dar resultado. Na primeira, a circunstância de a carteira de trabalho ter sido assinada previamente (para constituir um fato consumado e forçar a decisão judicial, e com um salário de R$ 20 mil reais) representou uma ofensa à inteligência alheia, que veio se tornar ainda mais grave depois que o Jornal Nacional desvendou os bastidores da situação jurídica do hotel St. Peter.
Agora, a presidente do Conselho Nacional de Biblioteconomia, Regina Céli de Souza, divulga nota em que contesta a oferta de emprego oferecida pelo advogado José Geraldo Grossi a Dirceu para cuidar dos livros de sua biblioteca. “Em relação a emprego oferecido a mensaleiro, informamos que o exercício da profissão de bibliotecário é privativo do bacharel em biblioteconomia, conforme a legislação vigente determina”, diz ela.
De erro em erro, a situação vai se complicando, ao invés de se normalizar. O advogado José Dirceu precisa parar de se defender e procurar um especialista que realmente tenha a habilidade necessária para fazer cumprir a lei que lhe beneficia com o regime aberto.
É importante destacar que qualquer direito deve ser respeitado, para evitar a predominância do espírito de vingança. Como dizia Ruy Barbosa, ” a lei que protege meu inimigo é a lei que me protege”. Que assim seja.
26 de dezembro de 2013
Carlos Newton
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