Que o papa decida acolher os gays na Igreja, nada mais previsível. O rebanho está mermando no mundo todo, e particularmente na América Latina.
Em julho passado, Francisco pedia para a Igreja brasileira reconquistar os fiéis que se tornaram evangélicos ou que abandonaram a religião, em um longo discurso diante de cardeais e bispos do país com mais católicos do mundo.
Há muito venho afirmando que cristianismo e tabagismo é vício de país pobre. A tendência nos países ricos é eliminar o cigarro e a religião. Francisco sabe disso e o Brasil tem o rebanho mais numeroso de ovelhinhas para serem tosquiadas no mundo. A Igreja Católica vem enfrentando uma diminuição do número de fiéis no país há mais de três décadas. Os católicos representavam 64,6% da população em 2010, contra 91,8% em 1970. São números mais que preocupantes.
Os evangélicos, por sua vez, crescem de vento em popa, apoiados pelo uso da televisão e das redes sociais e por uma extensa rede de templos. Além do mais, além de não pregarem pobreza a seus fiéis, acenam com uma teologia da prosperidade. Aumentaram de 5,2% da população em 1970 para 22,2% em 2010 (42,3 milhões). É um desfalque e tanto nas hostes da Santa Madre.
É preciso recuperar os que "buscam respostas nos novos e difusos grupos religiosos" – diz nota da AFP - e "aqueles que já parecem viver sem Deus. Precisamos de uma Igreja que saiba dialogar com aqueles discípulos que, fugindo de Jerusalém, vagam sem uma meta, com seu próprio desencanto, com a decepção de um cristianismo já considerado estéril, infecundo, impotente para gerar sentido", afirmou.
As ditas igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras. Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país.
Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, as igrejas inclusivas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais. O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas. Hoje, segundo o IBGE, há 60 mil casais homossexuais no Brasil. Para grupos militantes, o número de gays é estimado entre 6 a 10 milhões de pessoas. Na falta de tu vai tu mesmo. Há muito o marketing descobriu que o mercado gay é imenso e não pode ser ignorado. A Igreja de Roma está descobrindo o fenômeno. Mas antes tarde do que perder uma massa de dizimistas.
O que espanta é ver homossexuais procurando a Igreja, logo aquela igreja cujo livro os condena à morte e ao fogo do inferno. Há muito venho me queixando de que não se fazem mais homossexuais como antigamente. Tanto que viraram gays, homoafetivos, tudo menos homossexuais. Convivi com eles desde o ginásio à universidade e mais tarde na vida profissional. Ostentavam uma certa aura, não digo de heróis, mas de rebeldes avessos à sociedade bem comportada, à ética vigente, ao casamento e à religião. Entre os homossexuais com os quais convivi – e alguns eram companheiros de bar – nunca vi casais nem pessoas com pendores religiosos.
Todos tinham consciência de que as religiões vigentes condenavam seus comportamentos, e das igrejas só queriam distância. Eram geralmente pessoas cultas e sensíveis. Quando penso nos homossexuais de minha juventude, sempre me vem à mente o “non serviam” de Lucifer, a primeira afirmação de liberdade ante a arrogância do Altíssimo.
Hoje, os homossexuais querem casar na Igreja, de véu e grinalda preferentemente. Seria pouco inteligente da parte do vice-deus fazer ouvidos de mercador a esse enorme contingente.
21 de setembro de 2013
janer cristaldo
Em julho passado, Francisco pedia para a Igreja brasileira reconquistar os fiéis que se tornaram evangélicos ou que abandonaram a religião, em um longo discurso diante de cardeais e bispos do país com mais católicos do mundo.
Há muito venho afirmando que cristianismo e tabagismo é vício de país pobre. A tendência nos países ricos é eliminar o cigarro e a religião. Francisco sabe disso e o Brasil tem o rebanho mais numeroso de ovelhinhas para serem tosquiadas no mundo. A Igreja Católica vem enfrentando uma diminuição do número de fiéis no país há mais de três décadas. Os católicos representavam 64,6% da população em 2010, contra 91,8% em 1970. São números mais que preocupantes.
Os evangélicos, por sua vez, crescem de vento em popa, apoiados pelo uso da televisão e das redes sociais e por uma extensa rede de templos. Além do mais, além de não pregarem pobreza a seus fiéis, acenam com uma teologia da prosperidade. Aumentaram de 5,2% da população em 1970 para 22,2% em 2010 (42,3 milhões). É um desfalque e tanto nas hostes da Santa Madre.
É preciso recuperar os que "buscam respostas nos novos e difusos grupos religiosos" – diz nota da AFP - e "aqueles que já parecem viver sem Deus. Precisamos de uma Igreja que saiba dialogar com aqueles discípulos que, fugindo de Jerusalém, vagam sem uma meta, com seu próprio desencanto, com a decepção de um cristianismo já considerado estéril, infecundo, impotente para gerar sentido", afirmou.
As ditas igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras. Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país.
Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, as igrejas inclusivas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais. O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas. Hoje, segundo o IBGE, há 60 mil casais homossexuais no Brasil. Para grupos militantes, o número de gays é estimado entre 6 a 10 milhões de pessoas. Na falta de tu vai tu mesmo. Há muito o marketing descobriu que o mercado gay é imenso e não pode ser ignorado. A Igreja de Roma está descobrindo o fenômeno. Mas antes tarde do que perder uma massa de dizimistas.
O que espanta é ver homossexuais procurando a Igreja, logo aquela igreja cujo livro os condena à morte e ao fogo do inferno. Há muito venho me queixando de que não se fazem mais homossexuais como antigamente. Tanto que viraram gays, homoafetivos, tudo menos homossexuais. Convivi com eles desde o ginásio à universidade e mais tarde na vida profissional. Ostentavam uma certa aura, não digo de heróis, mas de rebeldes avessos à sociedade bem comportada, à ética vigente, ao casamento e à religião. Entre os homossexuais com os quais convivi – e alguns eram companheiros de bar – nunca vi casais nem pessoas com pendores religiosos.
Todos tinham consciência de que as religiões vigentes condenavam seus comportamentos, e das igrejas só queriam distância. Eram geralmente pessoas cultas e sensíveis. Quando penso nos homossexuais de minha juventude, sempre me vem à mente o “non serviam” de Lucifer, a primeira afirmação de liberdade ante a arrogância do Altíssimo.
Hoje, os homossexuais querem casar na Igreja, de véu e grinalda preferentemente. Seria pouco inteligente da parte do vice-deus fazer ouvidos de mercador a esse enorme contingente.
21 de setembro de 2013
janer cristaldo
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