"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 1 de março de 2019

O "PPP" DO NOVO REGIME MILITAR BRASILEIRO


Regime Militar? 1964 a 1985? Isto é coisa do passado. O Brasil agora tem de cuidar do presente para ter algum futuro. A “surpreendente” eleição do Capitão Jair Messias Bolsonaro e seu vice General Antônio Hamilton Mourão produziu um fenômeno institucional. Os militares “tomaram” o poder no Brasil pelo voto direto e democrático. O País se descobriu de maioria conservadora, depois de tanta incompetência e ladroagem dos falsos progressistas de esquerda.

Dá até para brincar que criamos, ns urnas, uma espécie de jabuticaba. Um regime com proeminência militar que foi escalado pela maioria da população para enfrentar, neutralizar e, de possível, derrotar e exterminar a Ditadura do Crime Institucionalizado que se apossou da impropriamente denominada “Nova República” (1985 até 2018?). Tudo indica que estejamos em uma transição para algo diferente. Inclusive para reformas e, (quem sabe?), mudanças estruturais.

Agora, temos um Governo Federal com quase 70 cargos de alto escalão ocupados por qualificados oficiais das Forças Armadas. A tão falada e temida “Intervenção Militar” aconteceu sem golpe – ou, no máximo, por um golpe de sorte, sem necessidade de uma quartelada. Os arautos do Estado-Ladrão estão apavorados. A “Esquerda” parece uma virgem no bordel. A tal “Direita” ainda provar que tem competência, racionalidade e equilíbrio emocional para liderar o Brasil.

Enquanto os extremos ainda se bicam e se xingam, sobretudo nas redes sociais, Bolsonaro vai cuidando da saúde e tomando pé da real situação de um País dominado pelo Crime (ainda sem castigo). Mourão vai mostrando habilidade para evoluir sua relação pessoal com Bolsonaro, enquanto ocupa espaços de gestão, exercitando o diálogo e emitindo opiniões que fogem ao senso comum, inclusive com toques de bom humor que entristecem os inimigos.

A dupla eleita joga o jogo direitinho, para desespero dos extremistas. O flamenguista Mourão dá um show de diplomacia como método para atingir objetivos. Até os vascaínos gostam dele... Seu chefe Bolsonaro, um palmeirense com tique botafoguense, tem atuado com a máxima discrição e humildade. Agrada até aos corinthianos... O Presidente mais ouve do que fala. Começa a evoluir da fase de uma espécie de “sindicalista” do segmento militar para a postura sábia e hábil de um aprendiz de Estadista. O comportamento equilibrado de Bolsonaro é uma facada mortal, simbólica, na oposição burra e canalha.

Os militares inauguram um novo capítulo na História do Brasil. Atuam como gestores, cumprindo missões, fazendo planos, tocando projetos e entregando resultados objetivos, visíveis ou ainda invisíveis. O foco é a institucionalidade. O objetivo inicial é integrar ministérios que, antes, estavam entregues a diferentes quadrilhas. Cada feudo de um grupo de bandidos agia sem qualquer compromisso de integração – inclusive para roubar...

Assim, forçados a gerir um orçamento apertado, os milicos agora começam a mostrar que é possível uma gestão estratégica do Brasil. Ainda é cedo para falar de resultados maravilhosos. Alguns militares ainda enfrentam a falta de vivência e paciência para lidar com a canalhice do mundo da politicagem. Mas muitos já mostram elevada capacidade de articulação e, sobretudo, muito jogo de cintura para dialogar com opositores, adversários e inimigos.

A qualificação dos militares no poder surpreende. Se obtiverem sucesso na gestão básica de ministério e de empresas estatais (de economia mista), mostrando que é possível fazer Política de Alto Nível no Brasil, sem babaquices e infrutíferas polêmicas ideológicas, será possível vislumbrar uma etapa histórica ideal. Os militares, junto com os segmentos esclarecidos da sociedade, terão a chance, inédita, de formular um Projeto Patrótico de Poder, cuja base será a Democracia – e não a demagogia dos bandidos organizados.

Circula, nas redes sociais, uma lista de militares no governo. A tendência é que o número aumente. Depois de perderem a guerra ideológica de comunicação para a “esquerda”, que teve competência na demonização dos governos dos Presidentes-Generais, os militares na ativa, na reserva ou reformados dão sinais de que estão prontos para mudar o Brasil para melhor, agindo como servidores profissionais de um Estado que precisa ser reinventado.

Quem duvida que confira a lista abaixo, com nomes de militares de reconhecida qualidade e formação intelectual. “Ditadores” são os bandidos... Os milicos estão prontos para atacá-los abertamente, dentro das regras do jogo democrático, em meio a uma guerra de todos contra todos os poderes.

Que não demore a acontecer o PPP - "Projeto Patriótico de Poder"...

ELEITOS

01 – Presidente da República – Capitão Jair Bolsonaro,

02 – Vice-presidente da República – General Hamilton Mourão.


ABAIXO OS NOMEADOS

03 – Ministro da Secretaria Geral da Presidência – General Floriano Peixoto

04 – Secretário Executivo da Secretaria-geral – ?

05 – Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Secretaria-geral – General Maynard Marques de Santa Rosa,

06 – Secretário-Executivo Adjunto da Secretaria-geral – General de Divisão Lauro Luis Pires da Silva,

07 – Assessor Especial da Secretaria-geral – Coronel Walter Félix Cardoso Junior,

08 – Secretário de Administração – Coronel Gilberto Barbosa Moreira

09 – Ministro do GSI (antiga Casa Militar) – General Augusto Heleno,

10 – Secretário-Executivo do GSI – General de Divisão Valério Stumpf Trindade,

11 – Secretário de Coordenação de Sistemas do GSI – Contra-Almirante Antonio Capistrano de Freitas Filho,

12 – Secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional do GSI – Major Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck,

13 – Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI – General de Brigada Luiz Fernando Estorilho Baganha,

14 – Secretário-Executivo Adjunto do GSI – Brigadeiro do Ar Osmar Lootens Machado,

15 – Asssessor do GSI – General Eduardo Villas-Bôas

16– Ministro da Defesa – General Fernando Azevedo e Silva,

17 – Secretário-Geral da Defesa – Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos,

18 – Chefe de Gabinete da Defesa – General Edson Diehl Ripoli

19 – Secretaria de Produtos de Defesa – General de Divisão Decílio de Medeiros Sales,

20 – Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto – Tenente Brigadeiro do Ar Ricardo Machado Vieira,

21 – Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – Tenente-coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes,

22 – Chefe de Gabinete do MCTIC – Brigadeiro do Ar Celestino Todesco,

23 – Assessor Especial do Ministro – Tenente Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira

24 – Secretário de Políticas Digitais – Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Franciscangelis Neto,

25 – Secretário de Radiodifusão – Coronel Elifas Chaves Gurgel do Amaral,

26 – Diretor do Departamento de Serviços de Telecomunicações – Coronel Aviador Rogério Troidl Bonato

27 – Secretário-Executivo Adjunto – Coronel-Intendente Carlos Alberto Flora Baptistucci,

28 – Ministro de Minas e Energia – Almirante Bento Costa,

29 – Chefe de Gabinete de Minas e Energia – Contra-almirante José Roberto Bueno Junior,

30 – Ministro da Infraestrutura – Capitão Tarcísio Gomes,

31 – Secretário de Transportes Terrestre e Aquaviário – General Jamil Megid Júnior,

32 – Ministro da Secretaria de Governo – General Carlos Alberto dos Santos Cruz,

33 – Secretário Nacional de Segurança Pública – General Guilherme Theophilo,

34 – Coordenador-Geral de Estratégia da Senasp – Coronel Freibergue do Nascimento,

35 – Coordenador-Geral de Políticas da Senasp – Coronel José Arnon dos Santos Guerra,

36 – Assessor técnico do Gabinete do Ministro da Justiça – Sub-Oficial da Aeronáutica Alexandre Oliveira Fernandes,

37 – Secretário de Esportes – General Marco Aurélio Vieira,

38 – Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) – Capitão Wagner Rosário,

39 – Presidente da Funai – General Franklimberg de Freitas,

40 – Presidente do Incra – General Jesus Corrêa,

41 – Presidente dos Correios – General Juarez Aparecido de Paula Cunha,

42 – Assessor Especial do Presidente dos Correios – Coronel André Luis Vieira

43 – Diretor da Anvisa – General Paulo Sérgio Sadauskas,

44 – Diretor de operações do Serpro – General Antonino Santos Guerra,

45 – Superintendente da Suframa – Coronel Alfredo Menezes,

46 – Chefe de Gabinete Adjunto do Ministério da Educação – Coronel Ayrton Pereira Rippel,

47 – Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – General Oswaldo de Jesus Ferreira,

48 – Diretor de Programas da Secretaria-Executiva do MEC – Coronel Aviador Ricardo Roquetti

49 – Chefe de Gabinete do Inep – General Francisco Mamede Brito Filho,

50 – Presidente do Conselho de Administração da Petrobras – Almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Ferreira,

51 – Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobrás – Capitão-Tenente da Marinha Carlos Victor Guerra Naguem

52 – Diretor Administrativo-Financeiro da Telebras – General José Orlando Ribeiro Cardoso

53 – Presidente da Itaipu – General Joaquim Silva e Luna,

54 – Diretor Geral do Dinit – General Antônio Leite dos Santos Filho

55 – Diretor Executivo do Dinit – Coronel André Kuhn

56 – Porta-voz do governo – General Otávio Santana do Rêgo Barros,

57 – Assessor da Caixa Econômica Federal – Capitão de Mar e Guerra Marcos Perdigão Bernardes,

58 – Assessor da Caixa Econômica Federal – Capitão de Mar e Guerra Almir Alves Junior,

59 – Assessor da Caixa Econômica Federal – Brigadeiro Mozart de Oliveira Farias

60 – Secretário de Orçamento, Finanças e Gestão do Ministério do Meio Ambiente – General Nader Motta,

61 e ss – Novos superintendentes do Ibama – ?

62+ - Diretor financeiro executivo de Itaipu - vice-almirante Anatalício Risden Júnior


01 de março de 2019
Jorge Serrão

Nenhum comentário:

Postar um comentário