O governo do presidente Jair Bolsonaro deve promover uma abertura nas áreas de pesquisa e exploração de urânio.
Segundo a Constituição, este tipo de atividades com urânio são monopólio da União.
A estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) agora está vinculada ao Ministério de Minas e Energia e encarregada da prospecção, pesquisa e lavra de jazidas de minérios nucleares.
Uma ideia que tende a ganhar fôlego no governo Jair Bolsonaro é a realização de parcerias do setor privado com a estatal INB, informa o “Valor“.
Nesse modelo, a União manteria o monopólio, o que evitaria problemas com a Constituição, mas ganharia agilidade para multiplicar áreas de exploração de urânio.
O Brasil tem a sétima maior reserva mundial de urânio. O mineral serve como insumo para mais de 11% de toda a energia elétrica consumida no mundo em centrais nucleares como Angra 1 e 2.
O sinal para uma maior flexibilização da pesquisa e da exploração do urânio no país partiu do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na semana passada.
No discurso de transmissão de cargo, Albuquerque, um especialista no tema nuclear, disse que o novo governo pretende estabelecer um diálogo “objetivo, desarmado e pragmático, com a sociedade e o mercado, sobre essa fonte estratégica na matriz energética brasileira”.
A Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM) interpretou o discurso do ministro como um sinal claro de que o novo governo está disposto a discutir a abertura do setor.
07 de janeiro de 2019
renova mídia
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