"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

UMA PERGUNTA A SER RESPONDIDA: QUEM ENFRENTA BOLSONARO NO SEGUNDO TURNO?

Resultado de imagem para MARINA CIRO E ALCKMIN
Com base nas entrevistas e nos debates entre os candidatos às eleições de outubro, a pergunta fica no ar. Bolsonaro mantém 18% e nenhum de seus adversários, exceção de Marina Silva consegue dele se aproximar. A campanha está apenas começando, entretanto, tendências vão ficando nítidas. Somente a mesma Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes têm possibilidade de transferir a decisão de 7 para 28 de outubro.
As divisões são muitas. Agora mesmo, reportagem de Demétrius Dantas, O Globo de ontem, destaca a reação do ex-governador de São Paulo quanto a perspectiva de ser apoiado por Michel Temer. “O presidente nem gosta de mim”, afirmou Alckmin, temendo o desgaste que o presidente da República acarretaria a sua campanha.
RECURSO DO MDB – Aliás, por falar em campanha, o MDB pediu a impugnação de Alckmin com base na formação de coalizões que se chocariam com a lei eleitoral. Alckmin reagiu e disse que o partido de Henrique Meirelles está tentando ganhar no tapetão.
Sem se entrar no mérito da questão o recurso do MDB, partido de Michel Temer, acentua sem dúvida uma divisão das legendas situadas no centro do embate político. O MDB, que exprime uma tendência conservadora, choca-se com a coligação, também conservadora, que se cristalizou em torno do candidato do PSDB.
Por menos votos que o MDB possa retirar do PSDB, o que vai depender da campanha, a divisão do centro, mesmo em parte desiguais, pode influir na disputa pelo segundo lugar, o que deslocará as eleições do primeiro para o segundo embate final.
PEQUENA MARGEM – Basta lembrar que foi pela margem de 1% que Lula derrotou Brizola em 1989, derrota que praticamente afastou o ex-governador gaúcho do cenário da política brasileira. As disputas são assim, como ocorreu nos Estados Unidos na sucessão de 60, quando Kennedy derrotou Nixon por 0,6% da votação.
São diferenças assim que as vezes decidem o rumo da história das Nações. Não se deve subestimar ou rejeitar apoios que aparentemente são insignificantes. Muitas vezes as diferenças partidárias são decididas por estocadas no momento certo.
MARINA NO DEBATE – Na busca para inscrever seu nome no segundo turno, Marina Silva, no debate da Rede TV. fez questão de polarizar sua imagem enfrentando Bolsonaro. Não porque desejasse desconstruir a posição do candidato sabidamente direitista. Mas sim para estreitar o debate de forma que possa medir forças com ele no turno final de 28 de outubro.
Para Marina Silva, interessa a manutenção de Bolsonaro no páreo porque isso lhe dá oportunidade de se apresentar ao eleitorado como a candidatura mais forte para se opor ao candidato do PSL. A pergunta contida no título fica aqui exposta: só o tempo na campanha poderá responder.

20 de agosto de 2018
Pedro do Coutto

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