"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

CANDIDATURA DE ALCKMIN JÁ ESTÁ SENDO BOICOTADA PELO PRÓPRIO "CENTRÃO"

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Ciro Nogueira, presidente do PP, faz campanha para Haddad 
A campanha nem começou direito e a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto está sendo boicotada dentro de sua própria coligação, com transmissão ao vivo via rede social. O gesto público veio do senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, partido da senadora Ana Amélia (RS), candidata a vice do tucano.
Na última sexta-feira (17), Nogueira participou de uma caminhada em Teresina com o petista Fernando Haddad, vice-presidente na chapa de Lula, e Wellington Dias (PT), que disputa a reeleição para governador.
APOIO A LULA – Em vídeo divulgado por Haddad, Nogueira destaca a presença do ex-prefeito de São Paulo, faz o sinal do “L” e diz que está “lutando ao lado de Lula”. “Lula presidente”, afirma.
No dia 26 de julho, ele estava ao lado de Alckmin na mesa em que foi anunciado o apoio dos partidos do “Centrão”, incluindo o PP, à candidatura do ex-governador paulista.
Candidato à reeleição ao Senado, Nogueira não surpreende. É daqueles parlamentares que forjam a carreira política na sombra, negociando cargos e espaços em um governo federal seja qual for o presidente.
DIFICULDADES – O episódio de sexta-feira, além de constrangedor para a chapa de Alckmin, sinaliza que o tucano terá dificuldades em transformar em votos o caro apoio que negociou com o aglomerado de partidos do “Centrão”.
Levantamento da Folha, publicado no sábado (18), mostra que metade dos aliados de Alckmin estará ao lado de coligações regionais que apoiam presidenciáveis adversários. De 216 diretórios estaduais, somente 96 apoiarão o ex-governador.
NA JUSTIÇA – E o MDB de Henrique Meirelles questionou no TSE possíveis falhas na burocracia de registro da chapa do PSDB. O partido de Michel Temer quer anular as alianças e diminuir o tempo de TV de Alckmin, o ativo mais relevante de sua campanha.
Falta de apoio nos estados, traição pública por parte de aliado importante e risco de punição na Justiça Eleitoral. Uma largada preocupante para quem busca desempacar e subir nas pesquisas rapidamente.

20 de agosto de 2018
Leandro Colon
Folha

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