Como dizia Sidarta Gautama, o Buda, na vida tudo muda, nada é eterno, é a “impermanência” que caracteriza a vida de todos nós. Aqui no Brasil, do lado debaixo do Equador, caminhamos para a mais importante eleição presidencial desde a redemocratização em 1985. Quem vai às urnas é um povo sofrido, endividado e que anseia pela melhoria da qualidade de vida. E o mais interessante é que desta vez estamos diante de uma eleição sem favoritos, em que tudo pode acontecer, porque até agora quem está ganhando são os indecisos, seguidos pelos votos brancos e nulos de quem cansou desse tipo de política.
Todas as pesquisas já realizadas até agora indicam que a maioria absoluta (mais de 50%) dos eleitores ainda não escolheu em quem vai votar. Faltando menos de dois meses para a eleição, é uma situação inédita, que nunca antes, na história deste país…
OS NÃO VOTANTES – O fato concreto é que em toda eleição existe um grande número de não-votantes. As abstenções são sempre por volta de 20%, incluindo mortos, doentes, idosos, viajantes e quem não teve disposição para votar.
Na eleição de 2014, a abstenção foi de 19,29%. Ou seja, 80,61% dos eleitores compareceram às urnas e os números de votos brancos (3,84%) e nulos (5,80) não surpreenderam, partindo-se do princípio de que no Brasil ainda há grande número de analfabetos funcionais, que se enrolam na urna eletrônica, não conseguem votar direito.
Desta vez, porém, o que existe é uma gritante insatisfação com a classe política. Mas os candidatos que podem ser considerados apolíticos, como é o caso de Henrique Meirelles (MDB), Vera Lúcia (PSTU), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota) e João Goulart Filho (PPL), nenhum deles consegue atrair eleitores em número suficiente para realmente disputar o pleito. Ou seja, ainda não há espaço para o novo.
O QUE MUDOU? – Nesta campanha eleitoral, há quem pense que nada mudou e que o horário gratuito na TV será fundamental para que o eleitorado se decida. Quem pensa assim está redondamente enganado. Já se foi o tempo em que isso acontecia. Hoje, nas grandes cidades, até favelas, comunidades e bairros populares são servidos com TV por assinatura, com o chamado “gatonet”, em esquemas controlados por traficantes ou milicianos.
Além disso, outra faixa do eleitorado mais pobre nas cidades e no interior hoje assiste TV com conversor de HD, que lhes oferece, no horário eleitoral, grande número de canais alternativos.
E já está provado também que os chatíssimos debates eleitorais, sempre após 22 horas, são assistidos por população rarefeita, a grande maioria dos telespectadores não tem paciência nem disposição para participar.
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P.S. 1 – Desta vez, a teoria budista da “Impermanência” está mais do que comprovada. Tudo mudou e a internet será mais importante do que a mídia convencional. O problema dos candidatos é que muitos deles não sabem como usar a web e as redes sociais. Ou seja, serão tragados pelo tsunami da modernidade.
P.S. 1 – Desta vez, a teoria budista da “Impermanência” está mais do que comprovada. Tudo mudou e a internet será mais importante do que a mídia convencional. O problema dos candidatos é que muitos deles não sabem como usar a web e as redes sociais. Ou seja, serão tragados pelo tsunami da modernidade.
P.S. 2 – A maior modernidade é o celular ligado na internet. Em breve iremos saber como esta ferramenta funcionou na eleição. (C.N.)
10 de agosto de 2018
Carlos Newton
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