"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de março de 2018

FALAR DE CORRUPÇÃO PROVOCA "CHORO E RANGER DE DENTES" - DIZ BARROSO

Barroso ironiza as reações às suas posições no STF
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que no Brasil há “choro e ranger de dentes” quando se fala em corrupção. As declarações foram dadas em palestra nesta quarta-feira, numa faculdade particular de Brasília onde o ministro leciona, que contou também com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ao elogiar o tema da palestra, o direito à água, Barroso comentou que se trata de assunto menos controvertido do que outras pautas contemporâneas.
— Quando a gente fala sobre corrupção, vem choro e ranger de dentes. Quando eu falo sobre outros temas que me são caros, como, por exemplo, descriminalização da maconha e tratamento igualitário das uniões homoafetivas, também gera sempre muita confusão — disse o ministro.
TEMER INVESTIGADO – Barroso protagoniza uma tensão com o Palácio do Planalto nos últimos dias, após dar sinal verde para o avanço da investigação contra o presidente Michel Temer, autorizando a quebra de sigilo dele e de pessoas próximas ao mandatário. Temer é suspeito de ter favorecido empresas portuárias na edição de normas para o setor.
Na quarta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, subiu o tom das críticas contra o ministro do Supremo. Ele disse que pensa em se licenciar e retomar o mandato da Câmara apenas para pedir o impeachment de Barroso, por ter o ministro modificado o indulto de Natal editado por Temer que facilitava a condenados por crimes de colarinho branco a obtenção do perdão da pena.
TEMPO DE CALAR – O ministro do Supremo deixou o evento sem falar com a imprensa, mas ao encerrar a mesa de debates, quando observou que jornalistas poderiam ficar frustrados com o tema sobre água, fez menções indiretas à troca de farpas com o governo nos últimos dias. Disse que “elogio ou crítica não fazem diferença” quando se cumpre uma missão e citou livro da Bíblia:
— Está no Eclesiastes, há um tempo da falar e há um tempo de calar — afirmou, arrancando risos da plateia.

15 de março de 2018
Renata MarizO Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário