"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

LÍDER DO PT DIZ QUE, POR 'FALTA DE CONTEÚDO', BOLSONARO NÃO VAI AO SEGUNDO TURNO



“Impugnado ou não, Lula estará na urna”, diz Pimenta
Novo líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) avalia que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não terá fôlego eleitoral para chegar ao segundo turno da eleição presidencial e disse que o principal adversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não surgiu. Pimenta afirmou que Bolsonaro não é eleitoralmente “auto suficiente”. “Ele tende a desidratar à medida em que ele seja chamado a falar”, concluiu o petista.
Para o deputado gaúcho, quanto mais Bolsonaro for instado a opinar na campanha eleitoral sobre os temas que vieram ao debate, “mais vai se complicar”. De malas prontas para o PSL, Bolsonaro terá poucos recursos do partido para investir em sua campanha eleitoral. Os petistas contam com a falta de estrutura partidária, a baixa capilaridade de Bolsonaro junto aos movimentos sociais e acreditam que a suposta “falta de conteúdo” do deputado fluminense falarão mais alto ao eleitorado.
Na avaliação de Pimenta, o candidato capaz de se contrapor a Lula ainda não se consolidou e os partidos que fazem oposição ao PT ainda “testam” seus nomes. O novo líder do PT na Câmara lembra que inicialmente o candidato mais forte era o tucano Aécio Neves (MG), mas após virar foco da Operação Lava Jato abriu espaço para nomes como o prefeito de São Paulo, João Dória Jr. (PSDB), cuja pré-candidatura não decolou, e agora o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
NOME NA URNA – Como os tucanos não têm empolgado os partidos de centro, outros possíveis presidenciáveis estão sendo apresentados ao eleitorado, como o apresentador Luciano Huck (sem partido), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e mais recentemente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “O adversário de Lula ainda não está definido”, comentou o petista. O PT avalia que o nome de Lula estará na urna eletrônica mesmo se sua candidatura ao Planalto for impugnada. A estratégia consiste em levar a campanha do ex-presidente até o último recurso judicial, se necessário no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo se o registro da candidatura for indeferido, Lula recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por fim, ao Supremo. Advogados constitucionalistas e especialistas em Direito Eleitoral consultados pela cúpula do PT asseguraram que, com essa tática, até a eleição de outubro ainda não haverá decisão final da Justiça sobre a possibilidade de o ex-presidente concorrer.
“Impugnado ou não, Lula estará na urna”, disse o líder do PT na Câmara. O comando petista recebeu informações de que, na disputa de 2016, 145 candidatos foram eleitos prefeitos, mesmo sob impugnação. “Com ele eleito, ninguém vai lhe tirar o cargo. A pressão internacional será fortíssima”, afirmou.

12 de janeiro de 2018
Daiene Cardoso 
Vera Rosa
Estadão

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