O recorde absoluto em candidaturas à Presidência ocorreu em 1989, quando tudo indicava que Leonel Brizola seria eleito. Havia 22 concorrentes, inclusive outros nomes famosos, como Ulysses Guimarães (PMDB), Mário Covas (PSDB), Aureliano Chaves (PFL), Paulo Maluf (PDS), Afif Domingos (PL), Fernando Gabeira (PV), Ronaldo Caiado (PSD), Eneas Carneiro (Prona) e Roberto Freire (PCB). Mas nenhum deles conseguiu passar para o segundo turno, que foi disputado por Fernando Collor (PRN) e Lula da Silva (PT).
Depois dessa enchente, diminuiu bastante o número de candidatos: foram oito em 1994, doze em 1998, seis em 2002, oito em 2006, nove em 2010 e onze em 2014. Agora, o número de candidatos para a sucessão em 2018 está longe do recorde, mas deve ultrapassar a marca dos 12 concorrentes de 1998.
TEMER PARTICIPA – Embora poucos acreditassem na veracidade das informações exclusivas da Tribuna da Internet sobre a decisão de Temer participar, sua campanha pela reeleição já está nas ruas, pelo novo/antigo MDB, movida pelos generosos anúncios institucionais pagos pelo governo, por estatais e pelo Sistema S, que garantiram o Feliz Natal da grande mídia.
Também não acreditaram nas notícias da TI sobre a candidatura do ministro Henrique Meirelles, que agora se concretiza, com o ministro ocupando na semana passada o horário eleitoral de seu partido, o PSD, e fazendo corpo a corpo em igrejas evangélicas de todo o país.
É curioso notar que os dois candidatos que estão no topo das pesquisas foram os primeiros a se lançar – Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido, porque o atual, PSC, vai lançar Paulo Rabello de Castro, atual presidente do IBGE e ideólogo do movimento Millenium, de extrema-direita).
MUITO TÊM CHANCES – Devido à esperada impugnação de Lula ao ter sua condenação confirmada em segunda instância, a eleição ficará embolada e ninguém sabe o que pode acontecer. O fato concreto é que muitos têm chances de passar para o segundo turno, além de Bolsonaro, que passa a ser o favorito.
Na ausência de Lula, também passam a ter boas perspectivas as candidaturas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos), que estão pontuando em todas as pesquisas e podem herdar votos de Lula, assim como a candidata Manuela D’Ávila (PCdoB).
Mas tudo é mera suposição, ninguém sabe como os petistas reagirão na hora da verdade, porque o partido pode lançar um substituto de Lula até 20 dias antes do primeiro turno.
DIVIDINDO VOTOS – É uma eleição tão maluca que estarão dividindo votos na direita e centro-direita Jair Bolsonaro (ainda sem partido), Geraldo Alckmin (PSDB), Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles (PSD), o banqueiro João Amoêdo (Novo) e Paulo Rabello de Castro (PSC).
Há, ainda, outras supostas candidaturas do médico Miguel Rey Júnior, o Dr. Rey; da jornalista Valéria Monteiro, ex-apresentadora do Fantástico e Jornal Nacional; do líder sem teto Guilherme Boulos; de Luciana Genro; de José Maria Eymael, que já foi candidato pelo PSDC em 1998, 2006, 2010 e 2014; de Levy Fidelix, do PRTB, entre outros azarões.
Sem falar em outros dois candidatos muitos importantes – Joaquim Barbosa, que pode sair pelo PSB, e João Doria, que foi convidado pelo DEM e ninguém sabe se disputará as prévias tucanas com Alckmin.
###
P.S. –Será uma eleição eletrizante, para decidir no “photochart”, como dizem os turfistas. Tudo pode acontecer. Mas se a votação fosse hoje, com ou sem Lula, é claro que Bolsonaro já estaria no segundo turno, restando saber quem seria o adversário dele na reta final. Mas se Joaquim Barbosa sair candidato pelo PSB, com apoio do PPS, o quadro muda de novo. E haja coração, digo, Lexotan.(C.N.)
27 de dezembro de 2017
Carlos Newton
Depois dessa enchente, diminuiu bastante o número de candidatos: foram oito em 1994, doze em 1998, seis em 2002, oito em 2006, nove em 2010 e onze em 2014. Agora, o número de candidatos para a sucessão em 2018 está longe do recorde, mas deve ultrapassar a marca dos 12 concorrentes de 1998.
TEMER PARTICIPA – Embora poucos acreditassem na veracidade das informações exclusivas da Tribuna da Internet sobre a decisão de Temer participar, sua campanha pela reeleição já está nas ruas, pelo novo/antigo MDB, movida pelos generosos anúncios institucionais pagos pelo governo, por estatais e pelo Sistema S, que garantiram o Feliz Natal da grande mídia.
Também não acreditaram nas notícias da TI sobre a candidatura do ministro Henrique Meirelles, que agora se concretiza, com o ministro ocupando na semana passada o horário eleitoral de seu partido, o PSD, e fazendo corpo a corpo em igrejas evangélicas de todo o país.
É curioso notar que os dois candidatos que estão no topo das pesquisas foram os primeiros a se lançar – Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido, porque o atual, PSC, vai lançar Paulo Rabello de Castro, atual presidente do IBGE e ideólogo do movimento Millenium, de extrema-direita).
MUITO TÊM CHANCES – Devido à esperada impugnação de Lula ao ter sua condenação confirmada em segunda instância, a eleição ficará embolada e ninguém sabe o que pode acontecer. O fato concreto é que muitos têm chances de passar para o segundo turno, além de Bolsonaro, que passa a ser o favorito.
Na ausência de Lula, também passam a ter boas perspectivas as candidaturas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos), que estão pontuando em todas as pesquisas e podem herdar votos de Lula, assim como a candidata Manuela D’Ávila (PCdoB).
Mas tudo é mera suposição, ninguém sabe como os petistas reagirão na hora da verdade, porque o partido pode lançar um substituto de Lula até 20 dias antes do primeiro turno.
DIVIDINDO VOTOS – É uma eleição tão maluca que estarão dividindo votos na direita e centro-direita Jair Bolsonaro (ainda sem partido), Geraldo Alckmin (PSDB), Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles (PSD), o banqueiro João Amoêdo (Novo) e Paulo Rabello de Castro (PSC).
Há, ainda, outras supostas candidaturas do médico Miguel Rey Júnior, o Dr. Rey; da jornalista Valéria Monteiro, ex-apresentadora do Fantástico e Jornal Nacional; do líder sem teto Guilherme Boulos; de Luciana Genro; de José Maria Eymael, que já foi candidato pelo PSDC em 1998, 2006, 2010 e 2014; de Levy Fidelix, do PRTB, entre outros azarões.
Sem falar em outros dois candidatos muitos importantes – Joaquim Barbosa, que pode sair pelo PSB, e João Doria, que foi convidado pelo DEM e ninguém sabe se disputará as prévias tucanas com Alckmin.
###
P.S. –Será uma eleição eletrizante, para decidir no “photochart”, como dizem os turfistas. Tudo pode acontecer. Mas se a votação fosse hoje, com ou sem Lula, é claro que Bolsonaro já estaria no segundo turno, restando saber quem seria o adversário dele na reta final. Mas se Joaquim Barbosa sair candidato pelo PSB, com apoio do PPS, o quadro muda de novo. E haja coração, digo, Lexotan.(C.N.)
Carlos Newton
Nenhum comentário:
Postar um comentário