A crise fiscal ficou à margem dos debates das eleições presidenciais de 2014, escondida pela contabilidade criativa do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Nas próximas eleições, no entanto, esse tema não poderá ser ignorado, avisam especialistas. Eles não têm dúvidas de que, quando 2019 chegar, os problemas fiscais que o próximo presidente da República precisará enfrentar não serão poucos e, dependendo do encaminhamento das reformas ao longo de 2018, o desafio será enorme para evitar que a dívida pública bruta (governos federal, estaduais e municipais) exploda em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), o que jogará o país em uma nova recessão. Portanto, não há tempo a perder.
Os dados conjunturais atuais, que mostram que a economia está se recuperando gradativamente, podem ter novo retrocesso se as agendas de reformas e de ajuste fiscal não avançarem. Sem elas, o governo não conseguirá parar de registrar rombos consecutivos nas contas públicas — algo que vem ocorrendo desde 2014 e deve ir até 2021 —, muito menos começar a fazer o básico da economia doméstica: gastar menos do que arrecada.
REFORMA INSUFICIENTE – “Os deficits estão se acumulando e a reforma da Previdência, que é importante, não será suficiente para evitar os problemas fiscais de curto prazo. Eles vão se acumular durante o ano eleitoral, porque as desonerações não estão sendo revistas e os reajustes salariais, que agora precisam ser adiados, foram concedidos em 2016”
O desequilíbrio das contas é, em parte, resultado do caminhão de privilégios concedidos ao funcionalismo do Executivo e dos demais poderes desde a estabilização econômica conquistada pelo Plano Real. Principalmente, na área da Previdência, que consome mais de 50% do orçamento da União, porque a maioria acaba se aposentando na faixa dos 55 anos, e, com isso, recebe benefício integral por mais tempo do que contribuiu.
SEM ENXUGAMENTO – As previsões são preocupantes e mostram que, sem a reforma das aposentadorias e sem um enxugamento do tamanho do Estado, os custos com Previdência e pessoal chegarão a 100% do orçamento em menos de uma década. A dívida pública bruta pode atingir 140% do PIB em 2030, quando não haverá mais o bônus demográfico para retirar o país da armadilha da renda média baixa.
Com isso, infelizmente, o Brasil, apesar de ser uma das 10 maiores potências do planeta, estará condenando a ter crescimento medíocre, abaixo da média global, porque o Estado não terá recursos para investir em mais nada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o governo Temer/Meirelles nada fez em relação ao enxugamento do Estado, à redução dos gastos públicos, à necessidade de reduzir ao máximo os cargos comissionado, assim como à diminuição das mordomias, carros oficiais, cartões corporativos e penduricalhos salariais. Nada, nada, nada… Temer e Meirelles põe a culpa de tudo na reforma da Previdência, enquanto diminuem a receita do INSS, do FGTS e Imposto de Renda, ao incentiva a terceirização e a pejotização. Quanto ao maior problema brasileiro, que é a bomba-relógio da dívida pública, Temer e Meirelles não dão uma só palavra. São uns farsantes. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, o governo Temer/Meirelles nada fez em relação ao enxugamento do Estado, à redução dos gastos públicos, à necessidade de reduzir ao máximo os cargos comissionado, assim como à diminuição das mordomias, carros oficiais, cartões corporativos e penduricalhos salariais. Nada, nada, nada… Temer e Meirelles põe a culpa de tudo na reforma da Previdência, enquanto diminuem a receita do INSS, do FGTS e Imposto de Renda, ao incentiva a terceirização e a pejotização. Quanto ao maior problema brasileiro, que é a bomba-relógio da dívida pública, Temer e Meirelles não dão uma só palavra. São uns farsantes. (C.N.)
27 de dezembro de 2017
Rosana Hessel e Hamilton Ferrari
Correio Braziliense
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