"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de dezembro de 2017

EM BUSCA DA REELEIÇÃO, TEMER INVESTIRÁ EM PROGRAMAS SOCIAIS DOS GOVERNOS DO PT

(A VELHA POLÍTICA DO POPULISMO DESAVERGONHADO)

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Charge do Oliveira (Arquivo Google)
O Palácio do Planalto e a cúpula do PMDB têm uma estratégia pronta para tentar viabilizar a candidatura do presidente Michel Temer à reeleição, em 2018, apesar da aprovação ainda estar na casa de um dígito. O plano é ancorado em pilares que incluem não só a melhoria de indicadores econômicos, mas também o reforço da agenda social. Na lista das medidas que serão anunciadas, nos próximos dias, está a prorrogação do limite de R$ 1,5 milhão para o financiamento da casa própria com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A sete meses do prazo para os partidos escolherem os candidatos, Temer faz de tudo para agradar à classe média e vai reembalar programas sociais da era petista, dirigidos às camadas mais pobres. Até abril o governo concederá novo reajuste ao Bolsa Família. A ideia é dar aumento real, acima da inflação.
MINHA CASA E PRONATEC – O pacote de bondades a ser divulgado antes do início da campanha inclui mais subsídios para beneficiários do Minha Casa Minha Vida e uma nova versão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para qualificar quem está no mercado de trabalho.
A candidatura de Temer depende, porém, da reversão de seus baixíssimos índices de popularidade e da construção de ampla aliança de centro para sustentar essa empreitada ao lado do PMDB, dono do maior tempo de TV no horário eleitoral. Para tanto, a meta do Planalto é que o presidente chegue ao início de abril com índice de aprovação de no mínimo 15%, praticamente o triplo do que tem hoje. Na semana passada, pesquisa da CNI/Ibope mostrou que o aval a Temer subiu de 3%, em setembro, para 6%, em dezembro, mas seu desempenho continua aquém das expectativas.
SOBREVIVENTE – Sem herdeiros no PMDB, Temer entra em 2018, último ano de seu mandato, como um sobrevivente de escândalos políticos e com uma base aliada bem menor do que quando assumiu o governo, no rastro do impeachment da petista Dilma Rousseff.
Sua prioridade é emplacar, em fevereiro, a reforma da Previdência, considerada essencial para o ajuste das contas públicas. Apesar da prática da distribuição de cargos e liberação de verbas, o Planalto ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a proposta na Câmara.
A possível entrada do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), no páreo presidencial não empolga o governo, mas o apoio a ele continua no radar, caso Temer não decole ou fique impedido de concorrer por problemas de saúde. Neste ano, o peemedebista passou por duas cirurgias urológicas e um procedimento para desobstruir artérias coronárias. Meirelles é um dos 15 ministros que têm interesse em disputar as eleições. Ele pode migrar para o PMDB, caso seja escolhido como candidato.
GOVERNO REFORMISTA – É na campanha que Temer pretende vender a marca de “governo reformista”, mesmo com os sucessivos desgastes enfrentados na política e os reveses na economia, como o fechamento de 12,3 mil vagas formais de emprego, em novembro, e a ampliação do déficit fiscal para R$ 159 bilhões.
No ano em que as delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos da J&F à Lava Jato quase derrubaram o governo, o presidente também tornou-se refém do Centrão – bloco formado por partidos médios, como PP, PR, PTB e PSD – para conseguir sobreviver à crise.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Temer é de uma tenacidade impressionante. Vive num outro mundo, acha que está fazendo um governo maravilhoso, enquanto o país caminha para o precipício abissal da dívida pública. Está pouco ligando para o endividamento. Quer apenas dar a entender que o Brasil melhorou em relação ao governo Dilma, para então conseguir se reeleger e garantir o foro privilegiado, por saber que a Justiça brasileira é tão morosa que jamais irá condená-lo(C.N.)

30 de dezembro de 2017
Deu em O Tempo
Agência Estado

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