"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 5 de agosto de 2017

AÉCIO SE MANCA, SAI DE CENA E TASSO FICA NA PRESIDÊNCIA DO PSDB ATÉ O FIM DO ANO... (AS MOSCAS CONTINUAM AS MESMAS...)


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Aécio Neves enfim desistiu de voltar a presidir o PSDB
Depois de mais de um mês de indefinições, o PSDB decidiu manter o senador Tasso Jereissati (CE) como presidente interino do partido. Irritado com as articulações de Aécio Neves (MG), presidente licenciado da legenda, Tasso chegou a fazer uma carta de demissão no início da semana, mas concordou em aguardar a votação na Câmara sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer para tomar uma decisão.
Aécio e Tasso se reuniram na manhã desta quinta-feira (dia 3) para discutir o comando do partido até a convocação de uma convenção nacional, o que deve ocorrer até o fim do ano. Na prática, deixam tudo como está: oficialmente o mineiro segue licenciado do cargo, mas não deixa o papel de líder do partido.
MELHORES CONDIÇÕES – “É [Tasso] quem hoje tem as melhores condições para conduzir a renovação do PSDB e sua reinserção em setores da sociedade”, disse Aécio sobre o presidente interino. Tasso, por sua vez, disse que Aécio segue como “presidente licenciado”.
Os senadores chegaram a conversar na noite de terça-feira (1) sobre o tema, mas decidiram aguardar a definição da Câmara. Os deputados decidiram na noite de quarta-feira (dia 2), com 263 votos, barrar a acusação contra o peemedebista.
Os tucanos se mostraram divididos sobre a situação de Temer: 22 votaram contra a continuidade das investigações e 21 pelo avanço da denúncia. Outros quatro, na maioria pró-denúncia, se ausentaram da sessão.
SEM PROBLEMAS – Para o senador Aécio Neves, o racha interno não é um problema. “Aquilo que alguns veem como algo negativo eu vejo como uma grande virtude do PSDB. Não houve nenhuma pressão, nenhuma decisão partidária superior”, disse o mineiro.
Desde que Aécio voltou às atividades parlamentares, no fim de junho, após passar mais de 40 dias afastado por decisão judicial, o PSDB vivia uma situação de duplo comando. Por um lado, Tasso, que assumiu interinamente a presidência da legenda, defendia o desembarque do governo, já Aécio manteve articulações de apoio em relação ao Palácio do Planalto.
Os dois minimizaram o racha do partido em relação ao apoio ao governo. Aécio disse que se trata de uma questão “secundária”. “Isso é uma questão secundária para nós, os cargos são do presidente e ele faz o que quiser com os cargos do PSDB”, disse.
EM CIMA DO MURO – Durante a entrevista, Tasso se mostrou crítico em relação ao apoio a Temer, mas evitou ser enfático sobre o desembarque. “O que nós não precisamos é de cargos e o presidente da República é livre e deve escolher o que acha que é melhor para seu governo”, disse. “Se ele quiser tirar todos os nossos ministérios é problema dele, o partido não faz questão desses ministérios.”
Os senadores disseram que o partido deve redefinir como seu comando até o fim do ano. Pelo calendário apresentado, a legenda começará com as convenções municipais e estaduais e, até dezembro, vai eleger uma nova estrutura do comando nacional do partido. Eles prevêem, ainda, para esse prazo o anúncio do pré-candidato às eleições presidenciais de 2018.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A matéria contém um equívoco. Aécio Neves não é líder do PSDB. Quem está na liderança é o senador catarinense Paulo Bauer. O melhor para Aécio é ficar bem quietinho, fingindo de morto. (C.N.)

05 de agosto de 2017
Talita Fernandes e Angela Boldrini
Folha

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