"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 23 de julho de 2017

NO DESESPERO, MINISTRO DA DEFESA "INVENTA" UM FALSO PLANO CONTRA O CRIME NO RIO


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Jugmann não tem o que dizer, fica inventando
Esta quinta-feira, em viagem à Argentina, o presidente Michel Temer voltou a se elogiar e disse que “esse governo não mente”. Mas o velho ditado ensina que “mentira tem perna curta”, e não deu outra. No dia seguinte, para criar uma “agenda positiva”, Temer reuniu no Planalto seis ministros, o presidente da Câmara e o governador do Rio de Janeiro, com a finalidade de encontrar uma solução contra o avanço da criminalidade no Estado. E o governo que não mente logo passou a contar uma mentira atrás da outra, num verdadeiro festival.
O encontro terminou sem nenhuma medida tomada, mas o governador Luiz Fernando Pezão deu entrevista para dizer que o governo liberou mais 800 homens para reforçar a segurança no Estado. Quando os jornalistas lhe disseram que quase toda essa tropa já estava na Rio e só faltavam chegar 140 agentes da Polícia Rodoviária, Pezão demonstrou surpresa, tipo Piada do Ano: “Eu não sabia”, balbuciou.
SUCESSÃO DE MENTIRAS – Depois dessa mancada de Pezão, o ministro da Defesa Raul Jungmann foi assediado pelos repórteres e não parou mais de mentir. Teve de inventar um plano mirabolante, dizendo que as Forças Armadas serão enviadas ao Estado a qualquer momento e de surpresa. “Estamos mudando a cultura. As operações serão feitas sobre três pilares: inteligência, integração (com Força Nacional e polícias) e surpresa, surpresa, surpresa“, afirmou.
Disse que a estratégia é semelhante à adotada pela Polícia Federal em operações especiais. “Nem o governador vai saber antes. Vai saber na hora. Vamos chamar uma coletiva de imprensa e comunicar no momento ou após a operação“, detalhou, acrescentando que as ações realizadas anteriormente, com antecipação da notícia do envio das tropas, só “baixavam a febre”, mas não resolviam os problemas.
ALTA CRIATIVIDADE – Como se vê, quando passa ao ataque o ministro da Defesa se torna altamente criativo e inventivo. Na manhã de sábado, seguiu na mesma balada, ao declarar ao programa RJ-TV que a atuação dos militares será permanente, mas descontínua, em conjunto com os policiais. “No momento seguinte se interrompe essa operação e se iniciam outras e mais outras”, imaginou.
O pior viria a seguir, ao dizer o seguinte: “No caso das Forças Armadas, nós não precisamos de muitos recursos de fora. Só para dar um exemplo, a Vila Militar, que é a maior unidade militar da América do Sul, tem 12 mil homens. Na totalidade das três Forças, temos 35 mil homens”.
Foi uma declaração irresponsável e mentirosa. As tropas militares não estão preparadas para o combate ao crime. Somente podem ser acionadas as unidades que contam com militares de carreira, profissionais. Recrutas de 18 anos não devem participar desse tipo de ação. Portanto, jamais se poderia considerar que há 35 mil homens disponíveis, conforme o ministro anunciou ao RJ-TV.
GUERRA DE MARKETING – Fica claro que o governo está tentando usar o marketing como arma numa guerra civil não declarada, em que mais dois policiais militares foram mortos, já são 90, e ninguém sabe como isso vai parar.
Leonel Brizola e Darcy Ribeiro queriam construir escolas, para evitar construir mais presídios. Agora, não há vagas no sistema carcerário, presos perigosos são soltos irresponsavelmente, porque as leis não são rigorosas e os juízes não estão nem aí. Agora, uma da alternativas é aumentar o rigor das penas, como ocorre no Japão, que assim conseguiu dominar a mais sangrenta máfia mundial, a Yakuza. Além disso, é preciso construir cadeias-oficinas, onde os presos sejam obrigados a trabalhar para custear o sustento de suas famílias.
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P.S –
 No Japão os agentes penitenciários trabalham com máscaras, os presos são proibidos de olhar para eles. Aqui no Brasil os agentes são facilmente cooptados pelas facções criminosas, que dominam os presídios, onde existem cantinas e tráfico de drogas. O sistema brasileiro está todo errado, mas quem se interessa? (C.N.)

23 de julho de 2017
Carlos Newton

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