"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 23 de julho de 2017

GOVERNO LOGO TERÁ DE AUMENTAR OUTROS IMPOSTOS, ACREDITE SE QUISER

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Charge do Kayser (Arquivo Google)
Após elevar alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis para cobrir o rombo no Orçamento, o governo avalia que uma nova alta de tributos está afastada “neste momento”, mas o próprio presidente Michel Temer diz que a equipe econômica ficará atenta a eventual necessidade. Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, não descartaram novas altas de tributos daqui para a frente para que o governo cumpra a meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões, mas afirmaram que “neste momento” o aumento do PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol é suficiente.
Antes de bater o martelo sobre o aumento feito por decreto, outras opções que estavam em discussão pelo governo envolviam IOF sobre câmbio ou operação de crédito e a Cide sobre combustíveis.
MAIS AUMENTOS – A consultoria Parallaxis estima que o Planalto vai ter que arrumar mais R$ 10 bilhões este ano para fechar as contas. Para isso, o governo pode ter que fazer uma terceira rodada de contingenciamento, além de elevar mais impostos. Entre as opções cogitadas pelos economistas está a Cide e o IOF.
Em meio ao desafio para fechar as contas e sob o risco de novas frustrações de receitas, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, esquiva-se das perguntas sobre uma possível mudança da meta de não ultrapassar os R$ 139 bilhões de déficit neste ano. “Não me cabe conjecturar hipóteses para o futuro”, diz Oliveira.
REAÇÃO DO MERCADO – O Palácio do Planalto sabe que uma mudança na meta a essa altura provocaria forte reação do mercado financeiro e suscitaria questionamentos sobre a condução da política econômica. Mas economistas continuam prevendo déficits entre R$ 145 bilhões e R$ 155 bilhões para este ano, mesmo com as novas medidas e o corte adicional de R$ 5,9 bilhões anunciado anteontem.
Todo esse esforço do governo brasileiro mostra determinação em cumprir a meta fiscal este ano, mas o mercado gostaria de ver maior esforço para cortar gastos, avalia o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos. “O Brasil gasta uma enormidade e gasta muito mal”, disse ele. “A eficiência do gasto é muito baixa e o custo para a sociedade de financiar essa despesa é muito alto.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 A farra do boi ainda não terminou. O plano de Meirelles cortou gastos, mas não reduziu expressivamente os custos nem diminuiu o tamanho do Estado, uma reivindicação de nove em cada dez brasileiros. Até agora, não houve novidades no front ocidental e a gastança continua(C.N.)

23 de julho de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

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