A família do presidente Michel Temer é dona de imóveis comprados do empresário José Yunes, investigado por suspeita de corrupção na Lava-Jato, segundo reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja”. Dois escritórios, uma casa e o andar de um prédio em áreas nobres de São Paulo valem atualmente R$ 18,4 milhões e foram comprados entre os anos 2000 e 2010, quando Temer era deputado federal.
De acordo com a publicação, o imóvel mais valioso é um andar do prédio Spazio Faria Lima, no bairro Itaim Bibi, zona nobre de São Paulo, comprado por Temer três anos antes do seu lançamento, em 2003.
NO NOME DA FILHA – Segundo o registro, o político do PMDB teria pagado R$ 2,2 milhões à Yuny Incorporadora, empresa fundada por Yunes, responsável pela construção do edifício e atualmente controlada pelos seus filhos. Nos dias atuais, o andar valeria R$ 14 milhões, segundo corretores imobiliários consultados pela revista, não identificados na reportagem. O imóvel está registrado em nome de uma empresa administrada por uma filha do presidente.
Yunes é um dos citados da delação da Odebrecht como beneficiário de pagamentos em dinheiro destinados a políticos do PMDB. O caso ainda está sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e levou o empresário a pedir, no fim do ano passado, demissão do cargo de assessor especial da Presidência. Ele nega ter recebido valores da Odebrecht, mas apenas um pacote entregue pelo doleiro Lúcio Funaro, operador do PMDB investigado na Lava-Jato e que está preso há um ano em Brasília.
EM NOME DA MULHER – De acordo com a “Veja”, em junho de 2010, Yunes comprou uma casa no bairro Alto de Pinheiros, também zona nobre, por R$ 750 mil. Um mês depois o imóvel foi vendido à atual primeira-dama Marcela Temer por R$ 830 mil, quantia doada a ela pelo marido antes da compra, segundo informou a assessoria do Planalto à revista. Consultores imobiliários disseram que a casa valia, à época, pelo menos o dobro do que foi declarado. Atualmente o imóvel tem valor estimado em R$ 2,4 milhões, de acordo com a reportagem.
O terceiro negócio foi registrado no ano 2000: trata-se da venda de duas salas comercias do Edifício Lugano, no Itaim Bibi, comprado por R$ 380 mil quando a estimativa de mercado apontava R$ 900 mil como valor dos imóveis. A “Veja” estimou em R$ 2 milhões o valor atual do patrimônio, doado para o filho de Temer, Michelzinho, de 8 anos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vejam como a política pode ser um ramo muito lucrativo. O ex-presidente Lula se dava ao Lula de manter mais de R$ 600 mil na conta corrente, sem fazer aplicação. E mantinha mais de R$ 9 milhões em fundos de previdência, que rendem mais de 1% (R$ 90 mil) por mês. Quanto a Temer, em sua amizade financeira com o ex-assessor José Yunes, o céu é o limite. O atual presidente mostra ser uma águia em negócíos imobiliários, nos quais investiu as propinas recebidas no apoio ao Porto de Santos. Quanto a Lula, tinha dinheiro para comprar tríplex, sítio e tudo o mais, porém apostou na impunidade e se deu mal. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vejam como a política pode ser um ramo muito lucrativo. O ex-presidente Lula se dava ao Lula de manter mais de R$ 600 mil na conta corrente, sem fazer aplicação. E mantinha mais de R$ 9 milhões em fundos de previdência, que rendem mais de 1% (R$ 90 mil) por mês. Quanto a Temer, em sua amizade financeira com o ex-assessor José Yunes, o céu é o limite. O atual presidente mostra ser uma águia em negócíos imobiliários, nos quais investiu as propinas recebidas no apoio ao Porto de Santos. Quanto a Lula, tinha dinheiro para comprar tríplex, sítio e tudo o mais, porém apostou na impunidade e se deu mal. (C.N.)
23 de julho de 2017
Deu em O Globo
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