"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 11 de junho de 2017

PF CONCLUI QUE ANGRA 3 TERIA RENDIDO R$ 65 MILHÕES A RENAN, LOBÃO E JUCÁ

TRÊS SENADORES TERIAM RECEBIDO POR OBRA DE USINA NUCLEAR NO RIO
RENAN, JUCÁ E LOBÃO SÃO CITADOS EM INVESTIGAÇÃO SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO, TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E CORRUPÇÃO PASSIVA, NA LICITAÇÃO DO CONSÓRCIO ANGRAMON PELA ELETRONUCLEAR (FOTOS: AGÊNCIA SENADO)

Os nomes dos senadores e caciques nacionais do PMDB, Renan Calheiros (AL), Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR) voltaram a surgir como apontados pela Polícia Federal por suspeitas de cometimento de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal atribui aos três o recebimento de R$ 65 milhões em propina para a obra de montagem eletromecânica da Usina de Angra 3, no Rio.

O relatório final do inquérito conduzido pela delegada federal Graziela Machado da Costa e Silva conclui que houve pagamento de propinas na licitação da obra que custou R$ 3,1 bilhões. A informação foi revelada em reportagem da edição deste fim de semana, da revista Veja.

A investigação começou em 2015, baseada na delação do dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, alvo da Operação Lava Jato. O empresário apontou lavagem de dinheiro, tráfico de influência e corrupção passiva, na contratação do Consórcio Angramon pela Eletronuclear para a montagem de equipamentos.

Em julho de 2016, a Operação Pripyat foi desencadeada para investigar a suspeita de que as obras de Angra 3 só foram viabilizadas mediante propina. Três executivos da Andrade Gutierrez, uma das empreiteiras envolvidas na construção da usina nuclear, também fizeram delação premiada em que detalharam subornos. Os executivos Flávio Barra, Flávio Gomes Machado Filho e Clóvis Peixoto Primo também citaram que o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, teriam exigido propina de 3% nos contratos de Angra 3. Já 1% teria sido destinado ao PT via o ex-tesoureiro João Vaccari Neto.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, defensor de Jucá e Lobão, desqualifica a conclusão do inquérito da PF: “Esse é o relatório mais pífio que eu já vi. Eles fazem uma ilação pelo fato de serem dirigentes partidários, mas não tem a capacidade mínima de apontar nenhuma do Jucá e do Lobão. É a criminalização da política pura e simples. Se a pessoa tem um cargo político, pode ser criminalizado”, disse o advogado, ao Estadão.

O Diário do Poder não conseguiu contato com a assessoria do senador. E aguarda retorno do pedido por um posicionamento quanto à notícia sobre a investigação.


11 de junho de 2017
di[ario do poder

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