"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 20 de maio de 2017


Nem mesmo os líderes do governo se interessam em defender Temer


Resultado de imagem para carlos marun
Marun, da bancada ruralista, ainda apoia Temer
Deu no Estadão
Em meio à maior crise política do governo Michel Temer com a delação de executivos do grupo JBS, as principais lideranças e interlocutores do presidente no Legislativo se calaram. Até o momento, nenhum dos líderes do governo na Câmara, no Senado ou Congresso Nacional saiu em defesa de Temer, acusado de receber propina e dar aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não fizeram nenhum discurso em plenário defendendo Temer. Também não deram entrevistas e nem atenderam à imprensa por telefone ou por mensagem, quando procurados para falarem sobre a delação premiada de executivos da JBS. Evitam até mesmo circular pelo Congresso.
A única vez que Jucá falou foi na quarta-feira, 17, logo após a divulgação da primeira denúncia contra Temer. Defendeu que era “prematuro” comentar o assunto e que era preciso investigar. “Não dá para comentar algo que a gente não sabe o que é, no escuro”, disse.
DISCURSO DE CAUTELA – Líderes do PMDB, PSDB e DEM, principais partidos aliados, também se calaram ou, quando falaram, adotaram discurso de cautela. De que é preciso esperar a apuração das denúncias antes de tomarem qualquer decisão.
A defesa de Temer até o momento foi feita por poucos vice-líderes. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) foi o único dos 14 vice-líderes do governo na Câmara a defender publicamente o governo Michel Temer. “O áudio foi tranquilizador para a maioria das lideranças que estavam preocupadas, então o caminho é de recuperação. A base não foi destruída”, disse Perondi nesta sexta-feira, um dia após a divulgação da gravação de Temer feita pela JBS.
No PMDB, o líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), se calou. O parlamentar paulista é considerado o deputado mais próximo do presidente da República no Congresso Nacional. A defesa mais enfática até agora foi feita pelo deputado Carlos Marun (MS), vice-líder do PMDB na Casa. O peemedebista é o mesmo que seguiu como aliado fiel de Eduardo Cunha até a cassação do político fluminense.
COM UM PÉ ATRÁS – Em discurso no plenário nessa quinta-feira, antes da divulgação da delação da JBS, Marun disse que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, tornou-se milionário durante os governos do PT e que, por isso, tinha “um pé atras” em relação a denúncia. “Em nenhum momento o presidente Temer lhe pediu qualquer favor ou ajuda para qualquer que seja”, declarou o peemedebista, que foi presidente da comissão especial que aprovou a reforma da Previdência na Câmara.
No discurso, Marun falou em crise “superdimensionada” e que o governo Temer teve a coragem para propor medidas de recuperação da economia. “Penso que o Brasil mereceria e merece ver concluído o corajoso mandato do senhor presidente Michel Temer”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – “Rei morto, rei posto”, diz o velho ditado. Temer já morreu politicamente, mas ainda não foi enterrado, prefere velório de corpo presente. Este deputado Marun, que defendeu Cunha e agora defende Temer, é um figura folclórica, que faz tudo para aparecer e tenta viver próximo aos detentores do poder. Ser apoiado por Marun não representa vantagem, porque só conta pontos ao contrário. (C.N.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário