Como diria o grande cantor, músico, radialista e pesquisador Henrique Froes, mais conhecido como Almirante, “é incrível, fantástico e extraordinário”, mas o bisonho deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não somente vai ocupar a presidência da República por 30 dias após a saída de Temer, como também é um dos mais fortes candidatos na eleição indireta. O fato concreto é que o atual Congresso confirma o diagnóstico de Oswaldo Aranha e mostra ser um deserto de homens e ideias. Não existe um grande líder, capaz de garantir apoio da maioria dos 594 parlamentares. É justamente esta circunstância que explica o favoritismo de Maia.
Há muitos outros que sonham com a Presidência, como Henrique Meirelles, Nelson Jobim, Geraldo Alckmin, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati, Jair Bolsonaro, Álvaro Dias, Ronaldo Caiado e Cristovam Buarque, entre outros. No entanto, como diz a Bíblia, muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (Matheus, 22:14).
UMA ELEIÇÃO ÚNICA – Não se pode raciocinar como se fosse uma eleição direta, com propostas de governo e campanha pela TV. Trata-se de uma escolha a ser feita pelos 594 parlamentares federais, espalhados por 26 partidos. Não tem nada a ver com uma eleição comum.
Nunca antes, na História deste país, houve uma sucessão presidencial desse tipo, e Lula estará de fora, porque o PT vai ficar nessa conversa fiada de pedir eleições diretas, nem ousa lançar candidato e no final apoiará qualquer um que se disponha a continuar combatendo a Lava Jato e lhe abra alguma participação no novo governo.
O PSDB, que pode lançar Fernando Henrique Cardoso ou Tasso Jereissati, sonha com o apoio do PT. O PMDB, que conta com a maior bancada e não tem candidato, terá de recorrer a Nelson Jobim, não há outro nome. Outros partidos de porte médio, como PR, PSD, PSB, PRB e PP não têm candidatos com chances. E o DEM, com toda certeza, está fechado com Rodrigo Maia, que já conta com apoio do chamado “baixo clero” da Câmara e tem boas possibilidades de ser eleito.
DEBAIXO DOS PANOS – Tudo depende das circunstâncias, do número de candidatos e dos acordos que serão feitos por baixo dos panos, como se dizia antigamente.
Os dois candidatos com maior chance são Nelson Jobim (PMDB) e Rodrigo Maia (DEM), não necessariamente nesta ordem, uma disputa reveladora de que a política brasileira conseguiu descer ao abismo mais profundo da História Republicana.
Se houver poucos candidatos, as chances de Jobim aumentam. Mas na hipótese de aparecerem muitos candidatos, o deputado Rodrigo Maia vai se tornar praticamente invencível, até porque estará à frente do governo nos 30 dias que antecedem a eleição e terá campo aberto para fechar todo tipo de acordo fisiológico.
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PS – É claro que se trata de um quadro mutante, que pode ser alterado de uma hora para outra, até porque a política brasileira não tem similar no resto do mundo, como já declararam os roteiristas da série “Game of Thrones”, convencidos de que aqui na Tropicália a realidade política supera qualquer tentativa de ficção. E como o assunto é importante, instigante e até revoltante, voltaremos a abordá-lo amanhã. (C.N.)
PS – É claro que se trata de um quadro mutante, que pode ser alterado de uma hora para outra, até porque a política brasileira não tem similar no resto do mundo, como já declararam os roteiristas da série “Game of Thrones”, convencidos de que aqui na Tropicália a realidade política supera qualquer tentativa de ficção. E como o assunto é importante, instigante e até revoltante, voltaremos a abordá-lo amanhã. (C.N.)
27 de maio de 2017
Carlos Newton
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