Escreve o jornalista Josias de Souza, no UOL:
“Em reunião encerrada na madrugada desta quarta-feira, um grupo de cerca de 20 senadores debateu a crise. Houve consenso quando à inevitabilidade da interrupção do mandato de Michel Temer. Generalizou-se a percepção de que a saída passa pela impugnação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, em julgamento marcado para 6 de junho. A maioria concluiu que convém envolver na articulação para a escolha de um hipotético substituto de Temer os ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.
O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foi a segunda reunião do grupo. A primeira acontecera na véspera. Compareceram senadores de vários partidos. Entre eles Renan Calherios (AL), Eduardo Braga (AM) e José Maranhão (PB), do PMDB; Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), do PT; Lasier Martins (RS), do PSD; e Armando Monteiro, (PE), do PTB. (…)
Emergiu do debate um perfil do candidato que o grupo considera mais adequado para o caso de prevalecer a escolha indireta. Eis algumas das características: 1) Não pode ter a ambição de se reeleger em 2018; 2) Deve ter em mente que não será mais possível aprovar reformas como a da Previdência; 3) Não pode ser membro do Judiciário; 4) É preferível que não seja também do Legislativo; 5) Não pode tratar a classe política a vassouradas; 6) O ideal é que seja referendado por Lula, FHC e Sarney.”
Os 20 vagabundos da reunião e o seu consenso são a fotografia do mote ‘crise de representatividade‘. A Lava Jato está empurrando para o precipício as carreiras de políticos que participaram em maior ou menor grau do assalto aos cofres públicos. Dilma foi arremessada do precipício, Temer e Aécio estão na beira. Tudo o que a população quer é que figuras como FHC, Lula e Sarney (os três, aliás, sem voto e mandato) sejam página virada da nossa vida política.
A única pauta mínima que une os grandes senhores da guerra da trinca PT-PSDB-PMDB é a contenção da Lava Jato, seja por convicção ou por apelo de seu grupo de sustentação. Colocar um nome na presidência para por em prática essa aspiração é convocar o brasileiro para a revolta popular.
O próximo presidente, seja quem for, não vai conseguir barrar a Lava Jato, isso é delírio da classe política. Quanto mais rápido os 20 vagabundos superarem esse tipo de pauta, melhor para o Brasil e para as ruas.
27 de maio de 2017
reaçablog
“Em reunião encerrada na madrugada desta quarta-feira, um grupo de cerca de 20 senadores debateu a crise. Houve consenso quando à inevitabilidade da interrupção do mandato de Michel Temer. Generalizou-se a percepção de que a saída passa pela impugnação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, em julgamento marcado para 6 de junho. A maioria concluiu que convém envolver na articulação para a escolha de um hipotético substituto de Temer os ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.
O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foi a segunda reunião do grupo. A primeira acontecera na véspera. Compareceram senadores de vários partidos. Entre eles Renan Calherios (AL), Eduardo Braga (AM) e José Maranhão (PB), do PMDB; Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), do PT; Lasier Martins (RS), do PSD; e Armando Monteiro, (PE), do PTB. (…)
Emergiu do debate um perfil do candidato que o grupo considera mais adequado para o caso de prevalecer a escolha indireta. Eis algumas das características: 1) Não pode ter a ambição de se reeleger em 2018; 2) Deve ter em mente que não será mais possível aprovar reformas como a da Previdência; 3) Não pode ser membro do Judiciário; 4) É preferível que não seja também do Legislativo; 5) Não pode tratar a classe política a vassouradas; 6) O ideal é que seja referendado por Lula, FHC e Sarney.”
Os 20 vagabundos da reunião e o seu consenso são a fotografia do mote ‘crise de representatividade‘. A Lava Jato está empurrando para o precipício as carreiras de políticos que participaram em maior ou menor grau do assalto aos cofres públicos. Dilma foi arremessada do precipício, Temer e Aécio estão na beira. Tudo o que a população quer é que figuras como FHC, Lula e Sarney (os três, aliás, sem voto e mandato) sejam página virada da nossa vida política.
A única pauta mínima que une os grandes senhores da guerra da trinca PT-PSDB-PMDB é a contenção da Lava Jato, seja por convicção ou por apelo de seu grupo de sustentação. Colocar um nome na presidência para por em prática essa aspiração é convocar o brasileiro para a revolta popular.
O próximo presidente, seja quem for, não vai conseguir barrar a Lava Jato, isso é delírio da classe política. Quanto mais rápido os 20 vagabundos superarem esse tipo de pauta, melhor para o Brasil e para as ruas.
27 de maio de 2017
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