Um dos principais isentões de extrema-esquerda, o filósofo Leandro Karnal, tirou uma foto com dois amigos em Curitiba, e já começou se justificando:
Dia intenso em Curitiba. Encerro com um jantar com dois bons amigos: juiz Furlan e juiz Sergio Moro. Talvez não faça sentido para alguns. O mundo não é linear . A noite e os vinhos foram ótimos. Amo ouvir gente inteligente. Discutimos possibilidades de projetos em comum.
O isentão, como os leitores deste blog sabem, tem uma função fundamental: fingir que está olhando as coisas por “ambos os lados”, mas, no fundamental, atender a uma agenda.
Karnal é principalmente conhecido por criar a maior falácia de equivalência moral dos últimos tempos no objetivo de fazer o povo se tornar incapaz de perceber a corrupção do PT. Basicamente, ele diz que “a corrupção começa com aquele que passa com o carro no acostamento”. Isso é como dizer que o genocídio de Hitler começa com “aquela agressão no campo de futebol, quando o sujeito dá um pontapé no outro”. Em suma, ele depende da aniquilação do senso de proporções para dizer que “todos são iguais” (incluindo o povo) e assim o PT se sair fácil.
Pois, conforme imagens coletadas no blog O Reacionário, os petistas não compreenderam bem a foto de Karnal. Observe:
Que os petistas defendem qualquer barbarismo, desde que seja feito a favor do projeto totalitário de poder deles, todos nós já sabemos. Nada de novo aqui. Karnal também estava ciente disso, mas precisava jogar o jogo do isentão.
Muito provavelmente Karnal tenha nojo de Sérgio Moro, mas sabia que o jogo do isentão depende dessas “concessões”. Talvez tenha ocorrido um erro de cálculo, pois ele tocou num símbolo que machuca muito os petistas. Era previsível que tirar foto ao lado de Sérgio Moro (ou de Janaína Paschoal) seria um pouco demais para os petistas.
Para nós, toda a situação é excelente.
Vemos os petistas esperneando contra Moro, em quantidade, o que pode ser exposto como uma bela prova de que eles são os maiores inimigos da Lava Jato. Aliás, a direita anda pisando muito na bola ao dizer que “todos são igualmente corruptos”. A postura dos petistas contra Moro mostra algo diferente: os petistas são diferenciados ao endossar formalmante a corrupção e atacar o maior símbolo brasileiro da luta contra ela.
Ao mesmo tempo, podemos jogar petistas contra Karnal, prejudicando seu jogo do isentão. Junto com Clovis de Barros Filho e Mário Cortella, Karnal é parte do principal trio da propaganda da extrema-esquerda hoje. Dos três, Karnal se destaca por ser o mais hábil no jogo do isentão e por ter uma legião motivada de adoradores (como se fossem parte de um culto). O jogo do isentão praticado por Karnal seduziu até algumas pessoas de direita. A reação dos petistas a ele deve servir para acordá-los. Os que não acordarem são caso perdido e estão além de qualquer esperança de recuperação.
No fim das contas, Karnal deve ser julgado também pelos seus fãs, e o alto número deles que esperava que ele jamais sentasse numa mesa com Moro serve como evidência maravilhosa do tipo de gente que o adorava. Isso não tem preço. Estou sorrindo de orelha a orelha com este tipo de evidência.
Então, que os fiéis petistas de Karnal briguem com ele à vontade. Nós só temos a ganhar com isso. Princípio da guerra política atendido: semeie a discórdia no exército inimigo.
16 de março de 2017
ceticismo político
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