Esta história de déficit da Previdência, que vem sendo contada desde os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio “Lula” da Silva e Dilma Rousseff, é uma mentira grosseira e esconde interesses que visam prejudicar aqueles que pagaram suas contribuições ao INSS. Importantes cálculos foram feitos pelo cientista político Itamar Portiolli de Oliveira, são reais e facilmente constatados em uma planilha. Não são dados fictícios.
Vamos aos cálculos, sem embromações, enrolações ou explicações dos técnicos de coisa alguma, que espalham mentiras e jogam areia nos olhos dos contribuintes. Veja se a Previdência é realmente deficitária:
- Salário mensal… R$ 937,00
- Contribuição INSS… R$ 176,00 (patronal e empregado)
- Aposentadoria Integral em 35 anos = 420 meses
- Pegando a contribuição mensal de R$ 176,00 e aplicando-se o rendimento da poupança de 0,68%, totaliza R$ 422.784,02
- Considerando-se a expectativa de vida em 75 anos, e que em média o brasileiro se aposenta com 60 anos, somente receberá a aposentadoria por 15 anos, porém o montante acumulado é suficiente para pagar 40 anos e três meses de salário equivalente à contribuição ou seja, segundo o cálculo feito à base de R$ 880 mensais, sem contar rendimentos.
O trabalhador receberá de volta do governo R$ 158,4 mil no total, ou seja, 37,5% daquilo que lhe foi tomado pelo governo.
RECAPITULANDO – Engraçado que não vejo ninguém publicando esse tipo de pesquisa na imprensa. Resumindo:
- Trabalhador PAGA R$ 422.784,02
- Trabalhador RECEBE R$ 158.400,00
- Que negócio, não?
- Agora, aumentando para 49 anos, o trabalhador acumulará R$ 1,4 milhão e receberá um total bem menor, pois terá mais tempo de contribuição e menos tempo de gozo da aposentadoria
Waldir Pires, um político sério, que foi ministro, já alertava que a Previdência não era deficitária. O problema da Previdência é atuarial. Ela precisa de uma auditagem urgente em suas contas.
O resto é péssima gestão e roubalheira pura e simples. Vamos a luta! Não vamos deixar isso acontecer, vamos reclamar!
16 de março de 2017
José Carlos Werneck
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