Nesses tempos sombrios, está ficando cada vez mais difícil tolerar os comportamentos criminosos e arrogantes dos governantes brasileiros. Diante de tal comportamento, a gente já não sabe se chora ou ri.
Assisti, ontem, a trechos do interrogatório de Fernando Henrique Cardoso, em Curitiba, e não poderia dizer quantas vezes ri, ri às gargalhadas, ri pra não chorar. E lembrei-me de Hanna Arendt, que, na sua obra Eichmann em Jerusalém, confessou que riu no julgamento do burocrata do nazismo. Ela afirmou que, “apesar de todos os esforços da promotoria, todo mundo percebia que aquele homem não era um ‘monstro’, mas era difícil não desconfiar que fosse um palhaço”.
É muito difícil para todos nós, que acompanhamos a falência das políticas públicas em prejuízo de milhões de trabalhadores brasileiros, que dão duro cotidianamente, pagam impostos que vão para parar no quinto dos infernos, ou melhor, no bolso desses criminosos.
São brasileiros que vivenciam a crise da Segurança Pública, que atemoriza a todos, revelando um país conflagrado, que ostenta um número maior de homicídios do que a Síria em guerra. Brasileiros que amargam o fracasso da educação, que ficou em 83º lugar entre 130 países, pontuando menos que países da América Latina e Caribe, de menor desenvolvimento relativo, como Uruguai (60º), Costa Rica (62º), Bolívia (77º) e Paraguai (82º).
E, ainda, pessoas que penam na porta dos hospitais, sem atendimento, uma vez que a Saúde vai de mal a pior. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o Brasil ocupa a 125ª posição no ranking de sistemas de saúde no mundo.
Enquanto isso, os senhores governantes ostentam viagens, mansões, atendimento de saúde no Sírio Libanês, coleções de diamantes, minas de ouro na Colômbia. Tudo isto nos recoloca diante da discussão dos séculos XIX e XX, sobre o surgimento de um novo tipo de criminoso, como sugeriu a filósofa Hanna Arendt (1961): “O criminoso político, um hosti humani generis (inimigo do gênero humano), participante de um novo tipo de crime”. Este novo tipo de criminoso é o inimigo do gênero humano.
14 de fevereiro de 2017
Maria José Rocha Lima – Mestre e doutoranda em educação, Presidente da Casa da Educação Anísio Teixeira
Assisti, ontem, a trechos do interrogatório de Fernando Henrique Cardoso, em Curitiba, e não poderia dizer quantas vezes ri, ri às gargalhadas, ri pra não chorar. E lembrei-me de Hanna Arendt, que, na sua obra Eichmann em Jerusalém, confessou que riu no julgamento do burocrata do nazismo. Ela afirmou que, “apesar de todos os esforços da promotoria, todo mundo percebia que aquele homem não era um ‘monstro’, mas era difícil não desconfiar que fosse um palhaço”.
É muito difícil para todos nós, que acompanhamos a falência das políticas públicas em prejuízo de milhões de trabalhadores brasileiros, que dão duro cotidianamente, pagam impostos que vão para parar no quinto dos infernos, ou melhor, no bolso desses criminosos.
São brasileiros que vivenciam a crise da Segurança Pública, que atemoriza a todos, revelando um país conflagrado, que ostenta um número maior de homicídios do que a Síria em guerra. Brasileiros que amargam o fracasso da educação, que ficou em 83º lugar entre 130 países, pontuando menos que países da América Latina e Caribe, de menor desenvolvimento relativo, como Uruguai (60º), Costa Rica (62º), Bolívia (77º) e Paraguai (82º).
E, ainda, pessoas que penam na porta dos hospitais, sem atendimento, uma vez que a Saúde vai de mal a pior. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o Brasil ocupa a 125ª posição no ranking de sistemas de saúde no mundo.
Enquanto isso, os senhores governantes ostentam viagens, mansões, atendimento de saúde no Sírio Libanês, coleções de diamantes, minas de ouro na Colômbia. Tudo isto nos recoloca diante da discussão dos séculos XIX e XX, sobre o surgimento de um novo tipo de criminoso, como sugeriu a filósofa Hanna Arendt (1961): “O criminoso político, um hosti humani generis (inimigo do gênero humano), participante de um novo tipo de crime”. Este novo tipo de criminoso é o inimigo do gênero humano.
14 de fevereiro de 2017
Maria José Rocha Lima – Mestre e doutoranda em educação, Presidente da Casa da Educação Anísio Teixeira
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