"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

FANTASIAS VERBAIS NA SABATINA INÚTIL


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Antes da sabatina, a aprovação já estava garantida
Carnavalesco, o espetáculo não foi. Triste, certamente. Falamos da sabatina de Alexandre de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, terça-feira. Durou mais de dez horas, quando os senadores confundiram o ex-ministro da Justiça com um candidato à presidência da República, interrogando-o sobre as mais variadas questões nacionais. Já se sabia do resultado, pela aprovação do depoente. Assim, com as exceções de sempre, Suas Excelências o interrogaram sobre tudo, mas de forma lamentável. Surgiu até um confronto inusitado entre a sucuri e o jacaré.
Os inquiridores, por ampla maioria, lembraram episódios acontecidos em suas regiões. Como resolver a questão indígena, de que forma aprovar a reforma da Previdência Social e a reforma trabalhista, a necessidade de ampliar os direitos da mulher, a importância do país sair da recessão e mil outros temas que melhor ficariam numa entrevista com Michel Temer.
A todos, sob a capa de bom moço, Alexandre de Moraes replicava com sonoros “concordo com V. Exa.” No fundo, talvez irritados com a presença em Brasília em plena semana anterior ao Carnaval, os senadores mostraram estar mais propícios a aparecer na televisão. Raras foram as perguntas a respeito da atuação do Supremo Tribunal Federal e a morosidade das estruturas do Judiciário.  O desfile de fantasias verbais dominou a sessão, junto com a placidez do presidente Edison Lobão. O que poderia ter levado quinze minutos estendeu-se por mais de dez horas. Tempo perdido e outra evidência do despreparo da maioria dos senadores.
TUDO SUBINDO – Apesar da maciça propaganda desenvolvida pelo governo a respeito do fim da recessão, tudo continua subindo. Das tarifas de água e luz aos remédios, não teria fim a relação dos aumentos de preço em todo tipo de gêneros e serviços. Sem falar na violência.
23 de fevereiro de 2017
Carlos Chagas

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