"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

É MUITO MAIS FÁCIL MASSACRAR OS APOSENTADOS DO QUE RENEGOCIAR A DÍVIDA PÚBLICA


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Charge do Lane (chargesdolane. blogspot.com)
Para entender a insistência do governo em reformar a Previdência Social, é preciso conferir o Orçamento da União e raciocinar como se fôssemos um governante ladrão, que precisasse de mais dinheiro para pagar os juros da dívida pública. Ao analisar o mais recente gráfico disponível, referente ao Orçamento de 2016, já em formato de pizza, fica claro como água que os mais vulneráveis são os velhos aposentados.
Nesse gráfico do pizzaiolo governamental, podemos ver que, depois do dinheiro reservado ao pagamento de juros (45,11%, imexíveis), a fatia que mais se destaca é a da Previdência Social, onde está localizada a retribuição, a simples devolução do dinheiro que os aposentados pagaram ao governo durante décadas, acrescida de juros e correção monetária, chamada de aposentadoria ou pensão (21,76%).
REFORMA DIFÍCIL – É claro que não será fácil fazer o Congresso aprovar essa monstruosidade contra os cidadãos, ao invés de tentar reduzir a dívida pública, através de renegociação com os credores.
Conforme já foi assinalado aqui no blog da Tribuna da Internet, a primeira dificuldade do governo será cumprir a exigência do ministro Celso de Mello e encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o estudo atuarial sobre suposto déficit da Previdência, até porque esse cálculo jamais foi feito.
Além disso, o governo não poderá incluir nesse cálculo atuarial as despesas com aposentadorias de quem nunca contribuiu (trabalhador rural e idoso carente), porque isso não pode ser  considerado previdência, porque se trata apenas assistência social, que deveria entrar em outra rubrica do Orçamento.
E OS DEVEDORES? – Por fim, o governo precisa dar explicações sobre o inacreditável montante das dívidas acumuladas pelas empresas privadas e estatais da União, Estados e Municípios. Ao que parece, essas dívidas, que são três vezes maiores do que o suposto déficit da Previdência Social, jamais será cobradas.

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