"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MOREIRA NEGA TER RECEBIDO PROPINA DA ODEBRECHT E PADILHA PODE ESTAR ENVOLVIDO


Padilha e Moreira têm de explicar o mistério do aeroporto

O ex-governador e ex-deputado Moreira Franco, atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo de Michel Temer, negou neste sábado, 15, as denúncias feitas em matéria da revista Veja envolvendo seu nome a recebimento de propina. Segundo a reportagem, o ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht,Cláudio Melo Filho, contou, em anexo de delação, que a empresa teria pagado R$ 3 milhões em propina, e não doação eleitoral, para que Moreira Franco cancelasse uma obra. Na época, em 2014, Moreira Franco era ministro da Secretaria de Aviação Civil do governo de Dilma Rousseff.

Em nota oficial divulgada nesta manhã, Moreira Franco diz que “a denúncia do senhor Cláudio Melo Filho é uma mentira afrontosa, pois jamais falei em dinheiro com ele. Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia.”

SUMIR O AEROPORTO – De acordo com o ex-executivo da empreiteira, o dinheiro teria sido pago para “fazer sumir um aeroporto inteiro”, segundo a reportagem, em referência ao aeroporto internacional de Caieiras, que nunca saiu do papel. Isso porque o terceiro aeroporto entraria como concorrente de outros três: o Galeão (Rio); Viracopos (Campinas); e Cumbica (Guarulhos).

Moreira Franco afirma que “quanto à não aprovação do aeroporto, como disse, se deu por razões técnicas, pois o artigo 2º do Decreto 7.871, de 21 de dezembro de 2012, impede aeroportos privados de explorarem linhas aéreas regulares, como se queria”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O grupo CCR, em fevereiro deste ano, anunciou ter fechado em janeiro a compra de uma gleba situada nos municípios de Cajamar e Caieiras, em São Paulo, pelo valor total de R$ 387 milhões, de 2016, para implantar um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo. Como Moreira Franco saiu da Secretaria de Aviação Civil em dezembro de 2014, a CCR só deve ter comprado a área em 2016 com a conivência de Eliseu Padilha, que o substituiu no cargo e ficou até 5 de dezembro de 2015, pouco antes da CCR fechar o negócio e anunciar que faria no novo aeroporto. A conclusão é óbvia: se Moreira vetou, seu substituto Padilha autorizou… Logo saberemos a verdade. A Bíblia diz que a verdade liberta, mas em certos casos também pode condenar.(C.N.)


17 de outubro de 2016
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

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