"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O QUE É MELHOR PARA A NAÇÃO, UM LÍDER POPULISTA OU UM LÍDER RACIONAL?


http://f.i.uol.com.br/folha/poder/images/16259200.jpeg
Lula acabou se tornando apenas mais um líder messiânico










A infeliz frase de Lula, comparando aos servidores públicos concursados os políticos ladrões, demonstra seu desespero. A esse respeito remonto a uma coluna do jornalista de política internacional Gilles Lapouge, no Estado de S.Paulo, sobre o Populismo. Gilles declara que a essência do populismo está em não conseguirmos defini-lo, devido ao seu dom da ubiqüidade, e assinla que o populismo ilustra a eterna guerra entre as “elites” e o “povo”.
Como o renomado correspondente do Estadão em Paris, entendo que o populismo sobrevém em determinadas épocas. Na fase atual, que se intensificou em 2008, esse fenômeno político devasta o mundo de norte a sul produzindo líderes messiânicos.
No caso de Lula, a vida e a obra do líder metalúrgico foi permeada de discursos e práticas populistas. Atacava as “elites” e afagava o “povo” com promessas de inclusão social. Quando foi alçado ao poder, porém, flertou prazerosamente com as “elites’ nos seus dois mandatos, direcionando migalhas populistas ao povo que o elegeu. Enquanto dava R$ 2 bilhões para o Bolsa Família, o setor produtivo recebia 20 vezes mais. A mesma receita de Vargas, um político populista nato.
A SUCESSÃO – O maior erro de Lula foi na escolha de seu sucessor. Dentre tantas cabeças coroadas do PT, o líder populista escolheu a “burga”, como ele gosta de chamar. Por que preferiu Dilma? Porque queria que ela ficasse apenas quatro anos para ele voltar em 2014. Mas, a “burga” gostou do poder e exigiu o segundo mandato. A presidente afastada tinha mais afinidade com a classe dominante do que o ex-operário. Na comparação com a Revolução Francesa, Dilma era mais Robespierre, enquanto Lula se assemelha ao baixo clero do proletariado.
Tanto que, os ministros de Lula não fizeram parte do núcleo duro do Planalto no governo Dilma. O PT foi jogado para escanteio, logo perdeu o poder. Nesse jogo, o PMDB, maior partido da base aliada, recebeu poucas benesses na estrutura governamental, que foi diluída entre os partidos da coalisão de apoio ao governo. Quando a presidente afastou o núcleo duro do vice-presidente, assinou em branco e preto o impeachment. Logo apareceu o presidente da Câmara para prestar serviços ao seu Partido.
EXEMPLOS – A dualidade entre populistas e racionais na política é uma realidade. Juscelino era racional, Jânio e Jango eram populistas. Tancredo era racional e José Sarney um renomado populista. Lula um populista na acepção lógica da palavra, em gestos e ações, e Dilma governou racionalmente como uma ostra dentro do Planalto, sem nenhuma afetividade e empatia com o eleitorado das ruas.
A pergunta que não quer calar se dirige a vocês, caros comentaristas: O que é melhor para a nação, um líder populista ou um líder racional?
22 de setembro de 2016
Roberto Nascimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário