"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O MAIOR PROBLEMA DE LJULA NÃO É A LAVA JATO, MAS A MULHER MARISA LETÍCIA


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Marisa Letícia não entende como tudo desmoronou

















Quando o ex-presidente Lula da Silva fez o discurso se defendendo da Lava Jato e chorou ao mencionar a mulher Marisa Letícia, não se tratava de encenação nem de recurso de orador messiânico. 
Era um desabafo sincero. Desde o dia 23 de novembro de 2012, quando a Polícia Federal lançou a Operação Porto Seguro e trouxe a público o romance de Lula com Rosemary Noronha, que ele nomeara chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, a vida do ex-presidente se transformou num pesadelo infernal, que só faz piorar com a passagem do tempo progressivamente.
Marisa Letícia, a Galega, jamais o perdoou. Não aceitava justificativas nem desculpas, a situação era clara demais, a segunda-dama Rosemary substituía a primeira na grande maioria das viagens internacionais do então presidente, era um caso amoroso mais do que conhecido em todo o Planalto, até os funcionários subalternos sabiam, a humilhação foi arrasadora.
O romance com Rosemary era antigo, vinha da década de 90, mas Lula precisava continuar com a primeira-dama, não podia abandoná-la. 
Sem alternativa, tentou melhorar as coisas fazendo todas as vontades de Marisa Letícia, e foi daí que derivaram os graves problemas da ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro) no tríplex e no sítio em Atibaia.
NÃO EXISTIA TRÍPLEX – De início, o casal Lula da Silva tinha entrado na jogada do edifício no Guarujá, armada por Ricardo Berzoini e João Vaccari, que mandavam na Cooperativa do Sindicato dos Bancários (Bancoop). 
Lula e Marisa ficaram com um apartamento simples, e no projeto do prédio aprovado pela prefeitura nem havia tríplex.
Marisa Letícia achou o apartamento pequeno, era um três quartos que nem chegava a 90 metros quadrados. 
Fui assim que OAS, que com a derrocada da Bancoop assumira a construção e incorporação do edifício, então se comprometeu a criar um tríplex e atender as pretensões da família. 
E para não pegar mal, a empreiteira improvisou um outro tríplex vizinho, mas sem o elevador interno e o requinte exigidos por Marisa Letícia e o filho Fábio, o Lulinha, com uma cozinha hollywoodiana, igualzinha a que seria instalada pela mesma OAS no sítio de Atibaia.
SÍTIO ERA MODESTO – O sítio de Atibaia tinha sido comprado antes, ainda em 2010 e foi outra maneira de agradar a Marisa Letícia e unir a família toda em torno dela nos fins de semana, que raramente contavam com a presença de Lula.
Aos poucos, com as três reformas (Bumlai, Odebrecht e OAS), a propriedade foi sendo transformada num paraíso, com a ampliação do lago, o campo de futebol, a horta, as novas alas com suítes, a cozinha personalizada, a adega climatizada, os jardins, os bonecos de porcelana em tamanho natural na piscina, os pedalinhos, o barco, a antena dos celulares, e ali dona Marisa Letícia reinava absoluta, enquanto Lula vivia mais solto, de vez em quando aparecia num final de semana.
Mas de repente ocorreu a Lava jato e tudo desabou. 
Descobriu-se que, além do tríplex, havia outro apartamento reservado para os Lula da Silva no Guarujá, destinado a alojar os motoristas e seguranças. 
Também descobriram que, para agradar dona Marisa, Lula duplicara a cobertura em São Bernardo, incorporando o apartamento vizinho, que foi colocado em nome de um primo de Bumlai. E a família mantém outro apartamento no mesmo prédio, onde ficam os motoristas e seguranças.
MARISA NÃO ENTENDE – Quando Lula chorou ao discursar, tinha bons motivos. 
Sua mulher briga e reclama o tempo todo, não consegue entender como seu reino desmoronou e põe a culpa nele. 
Agora, Marisa Letícia é ré de um processo em que considera não ter a menor culpa, acha que apenas usufruía dos bens que o marido lhe oferecia. Mas acontece que a lei atinge a todos, e ninguém pode alegar que a desconhece.
Portanto, além de dona Marisa, fatalmente também serão incriminados os “laranjas” que ajudaram a família, como o amigo Jacó Bittar e os sócios de Lulinha (Fernando Bittar e Jonas Suassuna), que assumiram a falsa propriedade do sítio para pagar antigos favores presidenciais.
O juiz Moro já deu até uma dica de que, na sentença final, talvez possa eximir Marisa Letícia de culpa, mas para ela nada disso interessa. 
Saiu no Jornal Nacional, antes da novela, e Lula não consegue explicar nada. 
Dois filhos e o sobrinho são investigados, a família está desmoronando, ela e Lula já nem podem sair de casa, quanto mais ir para o sítio, são prisioneiros de si mesmos, quando o pesadelo vai acabar? Foi por isso que Lula chorou ao discursar. Realmente, não lhe faltam motivos.


22 de setembro de 2016
Carlos Newton

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