"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

POLÍTICA IMPERIALISTA DOS EUA IMPLANTOU O CAOS NA EUROPA E AMEAÇA O MUNDO


A primeira intervenção norte-americana em 1990, na Guerra do Golfo, tinha justificada na invasão do Kuwait pelas forças iraquianas e teve apoio até de países árabes, como Egito, Arábia Saudita, Omã e Líbia.  Mas o que se viu depois foram atos de um imperialismo brutal, que usava argumentos politicamente falsos para atender a interesses econômicos, contando com a complacência da própria ONU e a cumplicidade de alguns dos mais importantes países europeus, como Reino Unido, França, Itália e até a Suécia.
IRAQUE E LÍBIA – Com essa política degenerada e arrasadora, os Estados Unidos conseguiram destruir dois países ricos em petróleo e que estavam em processo de ocidentalização, Iraque e Líbia, além de terem invadido também o Afeganistão, a pretexto de destruir o terrorismo islamita, meta que não foi alcançada, muito pelo contrário.
Depois da aventura no Afeganistão, o falacioso argumento para invadir novamente o Iraque em 2003 foi a existência de “armas de destruição em massa” (nucleares, químicas e biológicas) que jamais o governo de  Saddam Hussein conseguira construir.
A escalada era previsível. Em 22 de fevereiro de 2011, o líder líbio Muammar al-Gaddafi alertou em discurso à nação que os Estados Unidos queriam fazer na Líbia o mesmo que fizeram no Afeganistão e no Iraque. E realmente isso aconteceu menos de um mês depois, a 19 de março, quando os aviões da França lançaram as primeiras bombas e a OTAN (leia-se: os Estados Unidos) iniciou a destruição do país, a pretexto de transformá-lo numa democracia.
DEPOIS, A SÍRIA – Na volúpia do imperialismo, os EUA e seus aliados seguiram em frente, mas mudaram de estratégia no caso da Síria. Desta vez, não invadiram. Para derrubar o presidente Bashar al-Assad, passaram a apoiar financeira e militarmente os grupos rebeldes.
Se a Rússia não tivesse entrado na guerra, Assad já teria caído. Mas isso pouco importa agora, porque o país já está praticamente destruído, como aconteceu no Iraque e na Líbia.
O resultado dessa equivocada  política dos EUA foi sinistro, provocando o surgimento do barbarismo representado pelo Estado Islâmico, a invasão da Europa pelos migrantes árabes e africanos e a consequente ressurreição do nacionalismo extremado, do racismo e da intolerância religiosa em países desenvolvidos.
DERROTA GERAL – Foi uma política em que não há vencedores. Com essas guerras inúteis, os Estados Unidos não ficaram mais ricos nem mais pobres. E o preço do sonho imperialista está sendo pago por seus aliados, os países europeus, agora invadidos por todo tipo de imigrantes, sem que possa haver controle.
A Europa hoje vive em transe político, econômico e social. Os britânicos foram os primeiros a abandonar a União Europeia, que pode até sobreviver como bloco comercial, porém jamais será a mesma unidade, em termos políticos e sociais.
O resultado é que as fronteiras da Europa estão se fechando, inexoravelmente, o terrorismo é uma ameaça cada vez forte e nenhum de nós estará vivo para assistir à formação de um Admirável Mundo Novo, que só pode ser almejado pelas próximas gerações, que terá de consertar os erros primários dos atuais governantes ocidentais.      
27 de junho de 2016
Carlos Newton

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