A operação Lava-Jato é “imprevisível” e, por isso, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações. O recado foi dado pelo procurador da República Deltan Dallagnol. “É difícil prever o fim, mas poderia dizer que, com certeza, não existe um marco próximo para acabar”, disse, na contramão de recente discurso do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que defendeu que a operação tenha hora de parar.
Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol não citou o nome do ministro do governo Michel Temer, mas disse que delações têm acontecido frequentemente, o que pode expandir o campo de trabalho dos procuradores. “As investigações são muito dinâmicas Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco. É uma investigação em andamento e as investigações são muito dinâmicas, imprevisíveis”, disse.
NOVOS ELEMENTOS – O procurador explicou que, quando os acordos de colaboração trazem novos elementos, a investigação avança. E como não é possível prever o rumo das investigações ou o conteúdo de eventuais novas delações, também não é possível prever o fim das investigações. “Sempre que você encontra uma nova ligação, você pode expandir a investigação para novas frentes”, disse.
Uma dessas frentes é a Caixa Econômica Federal. O banco estatal já está no radar dos procuradores desde a delação de André Vargas, mas a investigação vai aumentar, porque o ministro-relator Teori Zavascki homologou a delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa . A investigação neste banco federal está “em plena expansão”, segundo o procurador. “O grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem do Correio fez uma “interpretação livre” das palavras de Eliseu Padilha. O ministro afirmou que a Lava Jato terá de atingir um ápice e depois refluir, o que é o óbvio, e até manifestou preocupação com a possibilidade de um refluxo do tipo Mãos Limpas, na Itália. Aqui no Brasil, o auge será a prisão de Lula, é claro, mas ainda deve demorar um pouco, até saírem as delações de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A reportagem do Correio fez uma “interpretação livre” das palavras de Eliseu Padilha. O ministro afirmou que a Lava Jato terá de atingir um ápice e depois refluir, o que é o óbvio, e até manifestou preocupação com a possibilidade de um refluxo do tipo Mãos Limpas, na Itália. Aqui no Brasil, o auge será a prisão de Lula, é claro, mas ainda deve demorar um pouco, até saírem as delações de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro. (C.N.)
27 de junho de 2016
Deu no Correio Braziliense
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