"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Bronca não é ferramenta de otário


O Estadão dados fez uma pesquisa com resultado assustador para a politicagem: 56% dos eleitores ouvidos afirmam que mudou para pior a imagem que fazem de políticos e partidos por causa do que leram no Facebook, Twitter e WhatsApp. Ou seja, mais da metade dos brasileiros tem hoje uma opinião mais negativa do que tinha um ano atrás dos atores da política por causa do que leu sobre eles nas redes sociais.

A percepção do eleitorado está corretíssima. Em sua quase totalidade, os políticos pouco ou nada fazem para mudar. Demonstram pouco compromisso em corrigir a infinidade de coisas erradas no País. Não querem nem saber de profundas alterações na estrutura estatal brasileira. Afinal, graças à ação do crime institucionalizado e da arraigada cultura patrimonialista e fisiológica, o Estado Capimunista é a fonte inesgotável de receitas para os parasitas das coisas públicas.

Em meio a mais brutal crise econômica da História, o governo provisório de Michel Temer (até agora uma continuidade dos 13 anos de parceria com os petistas) se prepara para enviar R$ 3 bilhões de socorro ao calamitoso e corrupto desgoverno do Estado do Rio de Janeiro - que decretou calamidade pública nas finanças. Enquanto isso, o cidadão e os empresários seguem mal atendidos pelos serviços públicos. E, pior ainda, vivem achacados pela burocracia e extorquidos pelas máquinas arrecadadoras das Receitas Federal e estaduais. Se isso não é Estado fascista, nada mais é...

Muitos cidadão estão perguntando, sem ironia: Por que também não podem decretar seu "estado de calamidade individual"? As 60 milhões de pessoas inadimplentes (principalmente os sem emprego fixo) não têm defesa, a não ser viverem coagidas pelos implacáveis credores - geralmente os bancos que vivem dos juros indecentes e dos spreads absurdos. São exatamente esses cidadãos - violentados pelo poder estatal, pela falta de justiça e pela dificuldade de produzir - que manifestam sua indignação, livremente, nas redes sociais.

Esse é o combustível da Revolução Brasileira em andamento. Em vez de ficar apenas culpando os outros, principalmente os políticos que ajuda a eleger, as pessoas começam a discutir o que, quando e como pode mudar o Brasil. No médio prazo, teremos um País bem melhor do que hoje. Bronca não é mais ferramenta de otário. Transforma-se em instrumento de protesto legítimo para exigir mudanças para melhor.

Pressão por propina




Fogo inapagável



Arte de presepar




Nem mil anos de perdão




Solução Maranhão




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!



20 de junho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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