"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de maio de 2016

LUCIANO COUTINHO MENTIU À CPI E CONTINUA MENTINDO SOBRE O BNDES...



Coutinho transformou o BNDES num foco de corrupção




















O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o banco está “imune” a favorecimentos ou atos ilícitos de seus funcionários. “Não temos como controlar o que acontece fora da instituição. O que posso assegurar é que os nossos processos de decisão são técnicos e colegiados”, disse Coutinho. No domingo (dia 8), a Folha revelou que o empresário Marcelo Odebrecht afirmou, na negociação de acordo de delação premiada, que Coutinho e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega cobravam de empresas com financiamentos do banco doações para a campanha de Dilma.
Para Coutinho, essas “ilações inverídicas e sem provas” criminalizam os contratos de exportação do banco e prestam um desserviço ao país que tem nesse tipo de operação uma chance de retomada de crescimento.
O senhor pressionou algum dos empreiteiros a doarem para a campanha da presidente Dilma em troca de contratos com o BNDES?Eu nunca tratei com Marcelo Odebrecht sobre contribuição de campanha. Nem com qualquer outro empresário. São ilações inverídicas, infundadas e sem provas. Há ainda a insinuação de que eu pressionei por contribuições. Eu rejeito veementemente. Isso é uma impossibilidade diante da governança do sistema de decisões colegiadas do banco, que são de natureza técnica, que não permitem nenhum processo espúrio. Nem o presidente [do banco] nem ninguém decide nada sozinho na instituição.
O banco é imune a isso, então?Não temos como ter conhecimento do que acontece fora do banco. O que posso assegurar é que nosso processo decisório é técnico, imune a ingerências e, portanto, não há como fazer uma relação entre o BNDES e possíveis ilícitos que possam ter ocorrido fora, com os quais não temos nada a ver. As empresas conseguem esses contratos no exterior e uma comissão formada por ministros decide sobre seguros de crédito e equalização de taxas. Isso fora do banco. Caso sejam aprovados, esses projetos são encaminhados ao BNDES. Passam por vários comitês, até chegar à diretoria. E podem ser negados, inclusive, como já aconteceu. Os pagamentos são feitos em real, no Brasil. Não financiamos o gasto local do exportador no exterior. Dentro do banco, eu posso assegurar que nossos processos decisórios são imunes a qualquer tipo de vinculação dessa natureza [pressão ou favorecimentos].
Houve críticas sobre as condições de financiamento favorecerem, por exemplo, os contratos da Odebrecht no porto de Mariel [Cuba], com prazos maiores e sem algumas taxas.
As condições foram compatíveis com a natureza de longo prazo do projeto, que tem uma taxa de retorno satisfatória. Veja o que aconteceu lá. Na semana passada, Cuba recebeu um cruzeiro americano. Outra vez no simbólico, a Chanel escolheu Havana para fazer seu desfile. Isso era impensável. Há uma zona industrial na área do porto que está atraindo investimentos [o BNDES financiou esse projeto] para integrar a economia cubana à do resto do mundo. Isso gerou um fluxo de exportação de bens e serviços do Brasil para lá. Não vamos jogar fora a criança com a água do banho. Esse tipo de exportação é um dos poucos itens superavitários da balança de serviço do nosso país e uma frente importante para a retomada do crescimento da economia. Criminalizar a exportação de bens e de serviços é um desserviço ao país.
Mas a maior parte desses exportadores está envolvida na Lava Jato. O banco continua dando crédito para eles?As empresas estão se encaminhando para os acordos de leniência e terão que adotar práticas rigorosas de “compliance” daqui pra frente para que previnam de forma cabal qualquer tipo de prática ilícita. É o que nós queremos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Luciano Coutinho faz uma administração desastrosa no BNDES. Transformou o banco num braço do PT e defende ardorosamente essa política. Em sucessivos depoimentos no Congresso mentia com a maior desfaçatez. Alegou que não podia revelar os financiamentos do BNDES, por causa da Lei do Sigilo Bancário, mas era mentira. A lei determina exatamente o contrário – total transparência em financiamentos feitos com recursos públicos. Depois, mentiu novamente, ao afirmar que o empréstimo ao governo de Cuba era garantido pela Odebrecht. Recentemente foi revelado que a garantia é do governo cubano, que tecnicamente está falido. O programa Mais Médicos foi criado para enviar recursos para Cuba. Mas agora a verdade começou a aparecer e não dá mais para Luciano Coutinho continuar mentindo. Se estivéssemos num país sério, ele já teria sido algemado. Quanto aos preparativos para o impeachment de Dilma, principal assunto do dia, daqui a pouco a gente volta. (C.N.)


10 de maio de 2016
Julio Wiziack
Folha

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