"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de maio de 2016

MARANHÃO REVOGOU A ANULAÇÃO DO IMPEACHMENT MAS PODE SER DESTITUÍDO HOJE. É PATÉTICO, PARA NÃO DIZER CIRCENSE... COM TODO O RESPEITO AOS PALHAÇOS.



A revogação do ato anterior é dirigida ao próprio Maranhão…



O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), revogou no fim da noite desta segunda-feira a decisão que havia tomado pela manhã de anular a votação da Câmara no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada após seu partido, o PP, ameaçá-lo de expulsão. Emissários de Maranhão procuraram oposicionistas e aliados do vice Michel Temer no início da noite e indagaram se o recuo o livraria das sanções que já se desenhavam para esta terça-feira. A sinalização positiva sacramentou a decisão de Maranhão.

Depois do terremoto político ocorrido durante todo o dia em Brasília, Maranhão enviou ao presidente do Senado, Renan Calheiros um ofício em que comunica a revogação da anulação do impeachment na Câmara, mas não dá nenhuma explicação sobre o recuo.

“Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016 por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade n.1/2015”, diz o texto do ofício assinado por Waldir Maranhão.

EFEITO NA JUSTIÇA


A decisão de Renan de ignorar a anulação e manter o cronograma de votação para essa quarta-feira provocou a reação irada de governistas, que usariam o pedido de anulação do presidente interino da Câmara para entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal para tentar suspender o impeachment. Com a revogação da anulação por Maranhão, a judicialização perde o objeto.

O senador Blairo Maggi (PR-PR) atribuiu o recuo de Maranhão ao pedido de expulsão do partido.

— É muito fraco. Vai cair logo — prevê o senador que está indo para o PP para ser ministro da Agricultura no eventual governo de Michel Temer.

DELETAR DA MEMÓRIA

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) se manifestou no Twitter: “Vamos em frente. O melhor é esquecer que existiu este tal de Waldir Maranhão. Deletar da memória Nacional.”

O presidente do Senado, Renan Calheiros, já confirmou que será nesta quarta-feira a sessão para a votação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A partir das 15h desta terça-feira, o Senado já abrirá as inscrições para os senadores falarem na quarta-feira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A revogação do tresloucado ato por Maranhão, como se pode ver, nem está datada e é dirigida a ele mesmo, mostrando o tipo de imbecil irresponsável que ocupa a presidência da Câmara. Vamos esperar que na próxima eleição interna, em fevereiro, os partidos indiquem deputados de maior nível intelectual e moral para integrar os importantes cargos da Mesa Diretora, cujos ocupantes atuais se reúnem hoje para estudar a possibilidade de destituir Maranhão e substituí-lo pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP), ex-prefeito de Santos. (C.N.)



10 de maio de 2016
Paulo Celso Pereira, Maria Lima e Manoel Ventura
O Globo

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