"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

MIGUEL REALE: "GOLPE É ESCONDER QUE O PAÍS QUEBROU".

PEDALADAS FORAM RECURSO USADO PARA ESCONDER SITUAÇÃO DO TESOURO NACIONAL, DIZ JURISTA

AUTOR DO IMPEACHMENT DIZ QUE PEDALADAS SÃO 'CRIMES CONTRA A PÁTRIA' (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)



O jurista Miguel Reale Júnior, signatário do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, declarou nesta sexta-feira, 15, que os parlamentares serão os “libertadores” do País. A afirmação foi feita durante seu discurso de abertura no plenário da Câmara dos Deputados que inicia hoje discursos sobre o impedimento da petista.

Reale afirmou ainda que as pedaladas fiscais cometidas pelo governo não são “meras são meras infrações administrativas”, mas, sim, “um crime contra a pátria”. Além disso, o ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso ressaltou que Dilma cometeu um “golpe” ao “quebrar o país” e “mascarar” a situação econômica, para garantir a reeleição.

“Qual é o crime mais grave, o de um presidente que põe no seu bolso uma determinada quantia ou de uma presidente que, pela ganância pelo poder, não vê limites para destruir a economia brasileira?”, questionou.

“Cismam os palacianos em dizer que [o impeachment] se trata de um golpe. Golpe se houve quando se sonegou a revelação de que o país estava quebrado. Golpe, sim, houve quando se mascarou a situação fiscal do país. Continuaram a fazer imensos gastos públicos e tiveram que se valer de empréstimos de entidades financeiras controladas pela União, para mascarar a situação do Tesouro Nacional”, afirmou.

Para Miguel Reale, Dilma cometeu crime e agiu com “gravíssima irresponsabilidade em jogar o país na lama”. “Vai dizer que não é crime? É golpe”, completou.

Após falar no plenário, o jurista afirmou a jornalistas que o Brasil está “jogado na lona” devido à crise. “Você, brasileiro, está perdendo o seu salário na medida em que a inflação come uma parte dele, ou está perdendo seu salário integralmente porque o veio o desemprego. Isso é consequência das pedaladas, isso é muito mais grave que qualquer crime que eventualmente o (ex-presidente Fernando) Collor tenha praticado. A vítima não é uma instituição, é o conjunto da população brasileira. Estamos na lona, estamos aqui como cidadãos pedindo o afastamento de quem foi a responsável por jogar o Brasil na lona”, afirmou.

O jurista disse ainda que o governo "tirou" a esperança do país.



15 de abril de 2016
diário do poder

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