O Índice de Satisfação com a Vida, medido trimestralmente em pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chegou ao nível mais baixo de sua série, iniciada em 1999.
Isso significa que a crise que o País atravessa é percebida pelos brasileiros como a pior desde aquela época, erodindo a sensação de bem-estar que foi especialmente alta entre os anos de 2006 e 2013 – a chamada “era de ouro” do lulopetismo.
Agora, por mais que o governo da presidente Dilma Rousseff tente estimular o otimismo, fazendo até mesmo referência, recentemente, a uma “luz no fim do túnel”, o fato é que a população em geral vem manifestando desconforto cada vez maior com a sua situação, uma espécie de malaise nacional, cuja superação demandará muito mais do que as surradas tiradas de autoajuda às quais vem recorrendo o atarantado governo petista.
O índice de satisfação caiu de 94,7 para 93,4 pontos no trimestre encerrado em setembro, bem abaixo da média histórica, que é de 101,7 pontos. Os pesquisadores constataram que o aumento da insatisfação foi maior entre aqueles que têm renda familiar menor.
O índice de satisfação caiu de 94,7 para 93,4 pontos no trimestre encerrado em setembro, bem abaixo da média histórica, que é de 101,7 pontos. Os pesquisadores constataram que o aumento da insatisfação foi maior entre aqueles que têm renda familiar menor.
Na faixa dos que recebem até um salário mínimo, o índice caiu 13,5% entre setembro de 2014 e o mesmo mês deste ano. Isso significa, provavelmente, que os efeitos da inflação alta e do desemprego crescente começam a afetar a percepção dos brasileiros mais pobres a respeito de sua situação e do que o futuro lhes reserva.
Tanto isso é verdade que o Índice de Medo do Desemprego, também medido pela CNI, passou de 104,1 pontos em junho para 105,9 em setembro, sendo este o terceiro patamar mais alto da série, muito acima da média histórica, que é de 88,2 pontos.
Tanto isso é verdade que o Índice de Medo do Desemprego, também medido pela CNI, passou de 104,1 pontos em junho para 105,9 em setembro, sendo este o terceiro patamar mais alto da série, muito acima da média histórica, que é de 88,2 pontos.
O crescimento desse índice no período de um ano foi de nada menos que 37,5% – eram apenas 77 pontos em setembro de 2014.
Essa perspectiva negativa já havia sido constatada em outra pesquisa da CNI, feita pelo Ibope, em que a maioria absoluta dos entrevistados, 63%, declarou esperar que o restante do governo de Dilma seja ruim ou péssimo, contra 28% que tinham essa mesma opinião em dezembro do ano passado.
Essa perspectiva negativa já havia sido constatada em outra pesquisa da CNI, feita pelo Ibope, em que a maioria absoluta dos entrevistados, 63%, declarou esperar que o restante do governo de Dilma seja ruim ou péssimo, contra 28% que tinham essa mesma opinião em dezembro do ano passado.
Está claro que o choque de realidade proporcionado pela incompetência de Dilma, somado às inúmeras promessas de campanha descumpridas em seu novo mandato, contribuiu decisivamente para minar a confiança dos brasileiros em seu governo e para generalizar uma sensação de desalento – especialmente entre a clientela eleitoral mais fiel a Dilma e ao PT, localizada no Nordeste e entre os mais pobres e menos instruídos.
Dos entrevistados que completaram até o 4.º ano do ensino fundamental, por exemplo, 53% declararam estar com “muito medo” do desemprego. Em dezembro de 2014, quando Dilma ainda festejava a sua reeleição, apenas 14,4% responderam dessa maneira. A grande maioria, 61%, declarou na ocasião que não tinha nenhum receio de ficar sem trabalho.
Entre os entrevistados no Nordeste, 56% disseram ter “muito medo” de perder o emprego, contra apenas 11% no final do ano passado. Pode-se inferir que a atenção especial dada pelo governo àquela região, na forma de programas assistenciais e de renda, manteve em alta o otimismo de seus moradores no ano da eleição presidencial, mesmo diante das evidências de que a economia já degringolava.
Dos entrevistados que completaram até o 4.º ano do ensino fundamental, por exemplo, 53% declararam estar com “muito medo” do desemprego. Em dezembro de 2014, quando Dilma ainda festejava a sua reeleição, apenas 14,4% responderam dessa maneira. A grande maioria, 61%, declarou na ocasião que não tinha nenhum receio de ficar sem trabalho.
Entre os entrevistados no Nordeste, 56% disseram ter “muito medo” de perder o emprego, contra apenas 11% no final do ano passado. Pode-se inferir que a atenção especial dada pelo governo àquela região, na forma de programas assistenciais e de renda, manteve em alta o otimismo de seus moradores no ano da eleição presidencial, mesmo diante das evidências de que a economia já degringolava.
Em contraste, no Sudeste, o medo do desemprego já era alto em dezembro de 2014, na casa dos 21,2%, o que significa que, nessa região, a percepção sobre a crise econômica, causada pelas lambanças de Dilma, já era uma realidade. Agora, o medo do desemprego no Sudeste está em 53% – alto, mas menor do que no Nordeste.
Diante desse quadro crítico, a presidente Dilma pode escolher trilhar o caminho de seu guru, o ex-presidente Lula – que, em março de 2005, citando um livro de autoajuda, disse que, “se você pensa negativo, o resultado será negativo; se você pensa positivo, as coisas serão positivas”.
Diante desse quadro crítico, a presidente Dilma pode escolher trilhar o caminho de seu guru, o ex-presidente Lula – que, em março de 2005, citando um livro de autoajuda, disse que, “se você pensa negativo, o resultado será negativo; se você pensa positivo, as coisas serão positivas”.
Ou pode arregaçar as mangas para finalmente corrigir os inúmeros equívocos que cometeu e que geraram tanta desesperança nos brasileiros.
13 de outubro de 2015
Estadão
13 de outubro de 2015
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário