DILMA APOSTA EM NANICOS CONTRA EDUARDO CUNHA
O governo comemorou o primeiro passo do acordão para “salvar” Dilma: a denúncia do Procurador-Geral da República contra Eduardo Cunha, presidente da Câmara. A avaliação é de que a crise foi “transferida” para o Congresso. Agora, a estratégia do governo e do PT é insuflar partidos nanicos a pedirem o afastamento de Cunha. Para o governo, o diálogo será reaberto, mas o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), garante: ‘não há conversa com o presidente da Câmara dos Deputados’.
O RUIM
A presidente Dilma calcula o possível estrago da estratégia: há temor de grande dificuldade para aprovar projetos e evitar as “pautas-bomba”.
O BOM
O governo também torce para que a denúncia ao STF obrigue Cunha a deixar o comando da Câmara, abrindo espaço para diálogo com a base.
ATENÇÃO REDOBRADA
O governo ordenou atenção especial aos pedidos de impeachment contra Dilma. Ela acredita que Cunha irá “retaliar” após ser denunciado.
MANIFESTAÇÕES
Outra grande preocupação do governo são as manifestações: se Cunha tiver apoio popular, seu impedimento no cargo deve cair por terra.
'FARRA DAS DIÁRIAS' JÁ CONSUMIU R$ 284 MILHÕES
A crise econômica não tem atrapalhado a farra das diárias no governo Dilma, que consumiu mais de R$ 284 milhões só no primeiro semestre de 2015, sem sinais de diminuição. O Ministério da Saúde domina a lista com os quinze maiores ‘diaristas’, que já embolsaram, em média, R$ 63,5 mil cada. Quase todos são funcionários da Anvisa envolvidos no Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, realizado no exterior.
E O ARROCHO?
Após a “patota da Anvisa”, o ministro Joaquim Levy (Fazenda), mentor do arrocho fiscal de Dilma, foi quem mais recebeu diárias: R$ 52,5 mil.
MAIS POR VIR
O governo pagou diárias a mais de 142,7 mil servidores do Executivo federal. Parece muito, mas são “só” 20% do total de funcionários.
E AINDA TEM SIGILO
Do total de diárias gastas pelo governo Dilma, mais de R$ 40 milhões são sigilosos, não discriminados, protegidos por “motivo de segurança”.
RETALIAÇÃO
Denunciado por corrupção na Lava Jato, Eduardo Cunha prepara sua retaliação à presidente Dilma e ao governo: uma equipe de advogados analisa as contas de Dilma, além dos pedidos de impeachment.
DEIXA SANGRAR
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vai, por ora, pedir o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara. A avaliação é de que se Cunha for derrotado primeiro no Supremo Tribunal Federal, a condenação deve enfraquecê-lo.
ROUPA SUJA
A senadora Marta Suplicy (ex-PT-SP) deve oficializar sua filiação ao PMDB em setembro. Sua entrada no partido inviabiliza a chapa do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, com Fernando Haddad (PT); coligação criada por Lula para prender o rabo do PMDB
BOLA DIVIDIDA
Acendeu o sinal amarelo na oposição, que está dividida em relação a Eduardo Cunha. Para uma minoria, apoiá-lo é sinal de conivência com a corrupção. Outro grupo diz que ele é o melhor caminho contra Dilma.
TROPA DE CHOQUE
O governo escalou o ministro Armando Monteiro para acompanhar a CPI do BNDES. Obediente, Armando mandou documento à comissão colocando-se à disposição para fazer os esclarecimentos necessários.
CACHAÇA, OBRIGADO
Foi lançada no Congresso a frente parlamentar de defesa da indústria nacional de bebidas. Pequenos produtores querem se proteger do lobby das grandes e das multinacionais. A cachaça agradece.
VALE-TUDO NO PAÍS DE DILMA
A agiotagem avança na crise e na falta de autoridade do governo. Em estados como Piauí, virou praga. Empresários pagam cinco vezes mais o que tomaram e seguem devedores. Perdem o dinheiro, o patrimônio e o negócio que tentavam salvar. E a Justiça cada vez mais impotente.
EXEMPLO A SEGUIR
A pressão popular tem surtido efeito no Paraná e vereadores de três cidades cortaram o próprio salário para até R$ 820. Em Jacarezinho, o presidente deixou a Câmara de camburão para não encarar eleitores.
21 de agosto de 2015
diário do poder
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