"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DILMA LEVOU OUTRO OLÉ


BRASÍLIA - Parece inesgotável a capacidade do governo de tropeçar nas próprias pernas e levar rasteiras no Congresso. Bastou o vice Michel Temer dar um giro pela Europa para Dilma Rousseff sofrer outro drible humilhante do PMDB.

O novo olé foi aplicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Ele despejou sobre os ombros de Dilma toda a responsabilidade pelo aumento da mesada paga aos partidos políticos, incluída no Orçamento por outro senador do PMDB.

A emenda que triplicou o fundo partidário foi apresentada pelo peemedebista Romero Jucá, um dos mais fiéis aliados de Renan. A presidente deveria ter vetado a mudança, que atenta contra a necessidade de cortar gastos públicos, mas optou por sancioná-la, com medo de represálias dos parlamentares.

O que fez o presidente do Congresso? Aproveitou a repercussão negativa da medida e aumentou o desgaste de Dilma, que já havia se curvado para tentar agradar os políticos.

"A presidente fez o que havia de pior", atacou o senador. "Ela deveria ter vetado, como muitos pediram, porque aquilo foi uma coisa aprovada no meio do Orçamento sem que houvesse um debate suficiente."

A reação de Renan mostra que Dilma errou feio ao assinar embaixo da farra do fundo. Agora ela terá que pagar a conta duas vezes. Assumirá o desgaste sozinha e precisará se virar para bancar o repasse extra de R$ 578 milhões aos partidos.

*

O novo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, declarou que a imagem da entidade é ruim por culpa da imprensa, e não da cartolagem.

"A CBF não é suja. A pessoa pode pensar que é suja, mas ela não conhece a CBF. Algum jornalista fala que ela é suja e a pessoa pensa isso", disse, em entrevista à ESPN.

Quem esperava que o 7 a 1 mudasse alguma coisa no futebol brasileiro pode voltar a acreditar apenas em Papai Noel e no Saci Pererê.

23 de abril de 2015
Bernardo Mello Franco

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