“Pedaladas” ainda não motivam impeachment”, diz Cunha
Principal estrela do Fórum de Comandatuba, maior encontro empresarial do País, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou veementemente a tese de que já existem elementos para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, proposta que ganha corpo entre os partidos de oposição. “Qualquer coisa que chegar a gente vai examinar com atenção e respeito. Mas, na minha opinião, o que saiu em relação a isso foi no mandato anterior. Não vejo como possa se aplicar em responsabilidade no atual mandato”, afirmou.
Questionado se as “pedaladas fiscais”, manobras em que o governo usou bancos públicos para cobrir despesas que deveriam ter sido pagas pelo Tesouro, justificariam o impedimento da presidente, Cunha novamente rejeitou a ideia.
“O que vocês chamam de pedalada é a má prática de se adiar investimento para fazer superávit primário. Isso vem sendo praticado nos últimos 15 anos sem nenhuma punição”, avaliou.
Sobre a votação do projeto de terceirização, que deve acontecer na quarta-feira, o presidente da Câmara afirmou que foi “um erro” ter demorado tanto tempo para se votar essa pauta. “Faz anos que está lá. Não tenho compromisso com o conteúdo do resultado, mas com a votação.”
Organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), o Fórum de Comandatuba começou sábado e terminará na terça-feira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As declarações de Cunha necessitam de tradução simultânea. Ele não está dizendo que arquivará o pedido de impeachment. Está apenas explicando que o pedido precisa ter fundamentos muito sólidos. Ou melhor, está sinalizando para se ter calma, porque os motivos logo surgirão. (C.N.)
21 de abril de 2015
Deu no Jornal de Brasília
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