"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

RISCO POLÍTICO

PELA PRIMEIRA VEZ MERCADO PASSA A INCLUIR POSSIBILIDADE DE IMPEACHMENT DA DILMA EM SUA AVALIAÇÃO SOBRE O BRASIL



O mercado financeiro avalia o Brasil sob diversas óticas. As principais são os fundamentos econômicos, como a inflação e as contas públicas, os aspectos regulatórios, que envolvem as votações no Congresso Nacional, e a situação política. Este terceiro era o grande diferencial entre o Brasil e a maior parte dos países emergentes. A democracia brasileira era vista como mais sólida que a de muitas nações poderosas, como China, Índia e Rússia. Essa característica fazia com que os investidores desconsiderassem, de certa forma, pontos negativos, como a enorme burocracia, na hora de aportar seus recursos por aqui. As coisas, no entanto, começaram a mudar. Análises recentes feitas por consultorias e bancos de investimento começam a precificar o que, no jargão dos analistas de mercado, é chamado de 'risco político'. Essa avaliação leva em conta, inclusive, a possibilidade, ainda que remota, de impeachment da presidente Dilma.
Na última semana, a consultoria Eurasia publicou um relatório em que revisa para baixo suas perspectivas para a economia brasileira. O curioso é que o documento passa a considerar probabilidade de impeachment da presidente. Segundo a Eurasia, o risco está em 20%, o que é considerado baixo. O problema é que é a primeira vez que os cálculos da consultoria passam a levar em conta esse tipo de hipótese. "A grande lição do segundo mandato de Dilma Rousseff é a piora das condições econômicas e políticas. As medidas adotadas terão de ser mais construtivas. E esse processo deve ser mais complicado e permeado de riscos do que se antecipava meses atrás", afirmam os economistas Chris Garman, João Augusto de Castro Neves e Cameron Combs, em relatório. 

18 de fevereiro de 2015
in aluizio amorim

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