"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O MENOR CAMINHO ENTRE A LAVA JATO E O LULA TEM NOME: ODEBRECHT


PAULO ROBERTO COSTA/CPMI
(Estadão) O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou em sua delação premiada ao Ministério Público Federal no ano passado que a empreiteira Odebrecht, que está na mira da força-tarefa da Lava Jato, fez depósitos de propinas “a cada dois ou três meses” em suas contas no exterior entre 2008 e 2013 a título de “política de bom relacionamento” da empresa com ele. Os repasses totalizaram ao menos US$ 31,5 milhões até 2012.

Segundo Costa, os pagamentos em suas contas na Suíça não tinham relação com as propinas repassadas a partidos políticos e começaram a ser realizados por sugestão do próprio diretor da Odebrecht Plantas Industriais Rogério Araújo, que por volta de 2008 ou 2009 lhe disse: “Paulo, você é muito tolo,você ajuda mais os outros que a si mesmo. E em relação aos políticos que você ajuda, a hora que você precisar de algum deles eles vão te virar as costas”, relatou Costa na delação. 

O executivo da Odebrecht teria indicado, então, o operador Bernardo Freiburghaus, dono da empresa Diagonal Investimentos e que foi intimado a prestar depoimentos na nona fase da Lava Jato, mas ainda não foi encontrado pela Justiça. Freiburghaus era o responsável por abrir e operar as contas do ex-diretor de Abastecimento no exterior. A suspeita das autoridades é de que atualmente ele esteja na Suíça.

Em sua delação, Costa admitiu que possuía cerca de US$ 26 milhões em contas na Suíça vindos da Odebrecht, valor que o Ministério Público Federal está negociando a repatriação com as autoridades suíças. No depoimento, o ex-diretor da estatal detalha como era a operação das contas, que ficavam a cargo de Freiburghaus, com quem Paulo Roberto se encontrava a cada dois meses para conferir os extratos na sede da Diagonal, ou mesmo na Costa Global, empresa de consultoria aberta por Costa.

Após o encontro, os extratos eram destruídos e o ex-diretor não ficava com nenhum documento, apesar disso, ele confirmou que anotou em sua agenda apreendida pela PF que, em outubro de 2012, possuía US$ 31,5 milhões em quatro contas de offshores mantidas em diferentes bancos no exterior.

O ex-diretor relatou ainda que o operador cobrava um valor fixo para operar as contas e que Freiburghaus considerava importante, “de tempos em tempos, haver alguma mudança” nas contas mantidas no exterior, isto é, movimentar os recursos entre as contas para não deixar rastros para as autoridades. 

Nesse sentido, o operador transferiu recursos mantidos nas contas de Costa no HSBC (no Julius Bank Suíça) e no Deuscthe Bank para as contas na Suíça das quais as autoridades brasileiras conseguiram repatriar. Costa relata ainda que, após as transferências, ele foi pessoalmente nas agências das quatro contas abertas na Suíça conferir os valores.


Costa admite que pode ter recebido quantias nestas contas também em 2014, mesmo após deixar a Petrobrás, “como forma de acertar valores de contratos firmado à época em que o declarante era diretor de Abastecimento”. Segundo o ex-diretor, os valores repassados pela empreiteira eram relativos aos contratos da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

 Ainda de acordo com Costa, apenas o diretor da Odebrecht Rogério Araújo, o operador e seus familiares sabiam das contas no exterior. Costa  sequer mantinha as senhas das contas, que ficavam com Freiburghaus, e que , segundo o delator, eram mantidas no exterior “para uso futuro, quando viesse a precisar” .

13 de fevereiro de 2015
in coroneLeaks

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