Dilma precisa responder às acusações feitas em ação judicial contra a Petrobras nos EUA
Dilma Rousseff “tem o dever de responder” às acusações feitas em ação coletiva proposta, nos Estados Unidos, pelo município de Providence, contra a presidente e outras onze autoridades brasileiras por causa do esquema de corrupção que funcionava na Petrobras, que acabou por inflar os papéis da estatal na bolsa de Nova York devido aos muitos contratos superfaturados para pagamento de propinas a políticos e partidos da chamada base aliada.Esse é o pensamento do líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), para quem Dilma não pode permanecer no silêncio obsequioso, como se nada tivesse ocorrido na petrolífera.
“Cabe a ela responder com senso de responsabilidade pelo país e para resguardar a imagem do Brasil lá fora”, disse Bueno, que foi titular da CPMI da Petrobras. “Dilma e aqueles que ela nomeou devem a todos uma explicação, já que não cuidaram da petroleira com o devido zelo e respeito”, disse.
O líder afirmou ainda que é lamentável que a companhia possa a vir a arcar com indenizações que podem chegar a casa das centenas de milhares de dólares por causa “de roubalheira” comandada pelo PT.
Se o juiz decidir favoravelmente aos investidores de Providence, capital do estado de Rhode Island, todos os interessados em igual situação serão beneficiados, lembrou o parlamentar. Tramitam nos Estados Unidos outros onze processos, movidos por escritórios que representam investidores da Petrobras, pelos mesmos motivos.
“À presidente Dilma e aos auxiliares que ela nomeou não bastou desmoralizar a ética e a política aqui no Brasil; avançaram também lá para fora”, criticou Bueno.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo, além de Dilma, os norte-americanos querem a responsabilização de Maria das Graças Foster e de José Sérgio Gabrielli. A presidente da República, as autoridades e empresários estão listados como “pessoas de interesse da ação”.
O grupo de doze pessoas é citado também por ter assinado prospectos que serviram de base para as emissões de títulos de dívida e ADS (American Depositary Share) que são discutidos no processo.
De acordo com o jornal, estão na lista também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empresário Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, e o executivo Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril, todos ex-integrantes do conselho de administração da Petrobrás.
Os demais são: Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás; Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Miriam Belchior, ministra do Planejamento; Silas Rondeau e Márcio Zimmermann, ambos ex-ministros de Minas e Energia; Sérgio Quintella, ex-presidente do Tribunal de Contas da União; Marcos Antônio Menezes, do Instituto Brasileiro de Petróleo; e o general Francisco Roberto de Albuquerque.
29 de dezembro de 2014
ucho.info
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