O Papa Francisco e o líder da Igreja Ortodoxa, patriarca Bartolomeu I, firmaram hoje (30) uma declaração conjunta pela reunificação das duas igrejas, a Católica e a Ortodoxa, separadas há mil anos.
No último dia de sua visita à Turquia, Francisco esteve na catedral ortodoxa de Istambul, onde assegurou que a Igreja Católica não pretende impor nenhuma exigência à Igreja Ortodoxa no caminho da unidade entre as duas.
O Papa disse que as duas igrejas já estão “no caminho rumo à plena comunhão”, indicando que há, na prática, “sinais eloquentes de uma unidade real”.
Depois de rezar uma oração em latim e de ouvir o discurso de Bartolomeu, Francisco disse que “o que a Igreja Católica deseja é a comunhão com as igrejas ortodoxas”.
SEM SUBMISSÃO OU ABSORÇÃO
Para o Papa, a união com os ortodoxos não significará nem a submissão de uns a outros, nem a absorção de uma instituição pela outra, mas “a aceitação de todos os dons que Deus deu a cada um”.
Francisco e o líder ortodoxo também pediram à comunidade internacional que “dê uma resposta apropriada” aos ataques contra cristãos nos países do Médio Oriente.
Os dois líderes religiosos protestaram pelo que classificam como “um Médio Oriente sem cristãos”, numa alusão à violência cometida contra os fiéis em conflitos nos países da região.
“Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos, que professaram o nome de Jesus ali durante dois mil anos”, disseram os dois líderes religiosos na declaração conjunta assinada em Istambul.
“Muitos dos nossos irmãos e irmãs estão sendo perseguidos e foram expulsos com violência dos seus lugares. Parece que se perdeu o valor da vida, que a pessoa já não importa e que pode se sacrificar a outros interesses”, acrescentam os líderes religiosos na declaração.
Antes da celebração, Francisco encontrou-se com o grão-rabino turco, Isak Haleva, na sede da representação pontifícia em Istambul. A reunião com o representante dos judeus na Turquia completou uma série de contatos com outras religiões presentes no país. Sábado, o Papa já havia se reunido com muçulmanos, ortodoxos e outros cristãos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Papa Francisco deu mais um passo rumo ao Ecumenismo, fortalecendo a política de unir todas as religiões em busca do bem comum e da evolução da Humanidade.
E sem que haja uma religião hegemônica, sem submissão e sem absorção, como nessa aproximação da Igreja Católica e da Ortodoxa.
Ao tomar esse tipo de iniciativa política e ao lutar internamente no Vaticano para que a Igreja volte à sua origem de humildade, sem luxos e suntuosidades, Francisco ficará conhecido como o maior Papa da História, podem ter certeza. (C.N.)
01 de dezembro de 2014
Deu na Agência Brasil
No último dia de sua visita à Turquia, Francisco esteve na catedral ortodoxa de Istambul, onde assegurou que a Igreja Católica não pretende impor nenhuma exigência à Igreja Ortodoxa no caminho da unidade entre as duas.
O Papa disse que as duas igrejas já estão “no caminho rumo à plena comunhão”, indicando que há, na prática, “sinais eloquentes de uma unidade real”.
Depois de rezar uma oração em latim e de ouvir o discurso de Bartolomeu, Francisco disse que “o que a Igreja Católica deseja é a comunhão com as igrejas ortodoxas”.
SEM SUBMISSÃO OU ABSORÇÃO
Para o Papa, a união com os ortodoxos não significará nem a submissão de uns a outros, nem a absorção de uma instituição pela outra, mas “a aceitação de todos os dons que Deus deu a cada um”.
Francisco e o líder ortodoxo também pediram à comunidade internacional que “dê uma resposta apropriada” aos ataques contra cristãos nos países do Médio Oriente.
Os dois líderes religiosos protestaram pelo que classificam como “um Médio Oriente sem cristãos”, numa alusão à violência cometida contra os fiéis em conflitos nos países da região.
“Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos, que professaram o nome de Jesus ali durante dois mil anos”, disseram os dois líderes religiosos na declaração conjunta assinada em Istambul.
“Muitos dos nossos irmãos e irmãs estão sendo perseguidos e foram expulsos com violência dos seus lugares. Parece que se perdeu o valor da vida, que a pessoa já não importa e que pode se sacrificar a outros interesses”, acrescentam os líderes religiosos na declaração.
Antes da celebração, Francisco encontrou-se com o grão-rabino turco, Isak Haleva, na sede da representação pontifícia em Istambul. A reunião com o representante dos judeus na Turquia completou uma série de contatos com outras religiões presentes no país. Sábado, o Papa já havia se reunido com muçulmanos, ortodoxos e outros cristãos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Papa Francisco deu mais um passo rumo ao Ecumenismo, fortalecendo a política de unir todas as religiões em busca do bem comum e da evolução da Humanidade.
E sem que haja uma religião hegemônica, sem submissão e sem absorção, como nessa aproximação da Igreja Católica e da Ortodoxa.
Ao tomar esse tipo de iniciativa política e ao lutar internamente no Vaticano para que a Igreja volte à sua origem de humildade, sem luxos e suntuosidades, Francisco ficará conhecido como o maior Papa da História, podem ter certeza. (C.N.)
01 de dezembro de 2014
Deu na Agência Brasil
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