"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 21 de dezembro de 2014

ALERTA TOTAL DEZ

Moro - Brasileiro do Ano
Sérgio Fernando Moro: Dono de estilo reservado e hábitos simples, o juiz da vara federal de Curitiba entrou para a história do País ao levar executivos de empreiteiras para a cadeia e se mostrar implacável no combate à corrupção na política


Sempre que alguém o compara com Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro desconversa. Ou melhor, silencia. O juiz da 13ª vara federal criminal de Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das investigações da Operação Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de especulações sobre o seu futuro. 
Há alguns anos, rejeitou sondagens para se tornar desembargador, o que para muitos é degrau natural para galgar a última instância do Judiciário. Moro afastou-se da oferta por desconfiar de tentativa de cooptação por parte de um figurão da política nacional que temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não fosse isso, ele daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda há muito o que fazer na primeira instância. 
Eleito por ISTOÉ o “Brasileiro do Ano”, Moro não mostra sedução pelo poder da toga. De hábitos simples, ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura como profissão de fé.
Não dá entrevista, nem posa para fotos. Dispensa privilégios. Vai para o trabalho todos os dias a bordo de um velho Fiat Idea 2005, prata, bastante sujo e repleto de livros jurídicos empilhados no banco de trás. Antes, chegou a ir de bicicleta.“Quando eu chego aos lugares, ninguém imagina que é o Sérgio Moro”, conta, sorrindo. Apesar de ter se tornado o inimigo número 1 de poderosos, prefere andar sem guarda-costas. Quem sempre reclama é a esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros Moro, procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes, instituição dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência. A “sra. Moro” teme pela segurança do marido, e dela mesma, afinal o magistrado se mostrou implacável com a corrupção ao encurralar integrantes do governo do PT e levar, numa ação inédita, executivos das maiores empreiteiras do País à cadeia.
Nascido em Ponta Grossa há 42 anos, Moro é filho de Odete Starke Moro com Dalton Áureo Moro, professor de geografia da Universidade de Estadual de Maringá – morto em 2005. Antes de ingressar na magistratura, seguiu os passos do pai. Integrou o mesmo Departamento de Geografia da UEM e também deu aula nos colégios Papa João XIII e Dr. Gastão Vidigal. Obteve os títulos de mestre e doutor em direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná. Seu orientador foi Marçal Justen Filho, um dos mais conceituados especialistas em licitações e contratos. Cursou o Program of Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado americano. Moro criou varas especializadas em crimes financeiros na Justiça Federal e traz no currículo outras operações de peso. Presidiu o inquérito da operação Farol da Colina, que desmontou uma rede de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef. A investigação fora um desdobramento do caso Banestado, que apurou a evasão de US$ 30 bilhões de políticos por meio das chamadas contas CC5.
Ciente de que os mecanismos de lavagem de dinheiro evoluem e se tornam cada vez mais complexos, Moro não para de estudar. É um aficionado pela histórica “Operação Mãos Limpas”. Quando a compara com a Lava Jato, não tem dúvidas: “É apenas o começo”. O caso que marcou para sempre a política italiana foi deflagrado por um acordo de delação, mecanismo inaugurado anos antes nos processos contra a máfia. Após dois anos de investigações, a Justiça italiana havia expedido 2.993 mandados de prisão contra empresários e centenas de parlamentares, dentre os quais quatro ex-premiês. Num artigo sobre o caso italiano em 2004, Moro exalta os chamados “pretori d’assalto”, ou “juízes de ataque”, geração de magistrados dos anos 1970 na Itália que ganharam espécie e legitimidade ao usar a lei para “reduzir a injustiça social”, tomar “posturas antigovernamentais” e muitas vezes agir “em substituição a um poder político impotente”.
O juiz se identifica com essa geração e vê no Brasil de hoje um cenário semelhante e propício ao combate à corrupção.
 
Claudio Dantas Sequeira é Jornalista. Originalmente Publicado na revista IstoÉ que circula desde sexta, 19 de dezembro.

Toda a razão tem o articulador Hélio Duque quando aborda a vulnerabilidade da urna eletrônica da qual muito gostaria que a ele fossem encaminhadas estas minhas pequenas considerações. 
Estive no Japão, país de ponta na vanguarda da tecnologia eletrônica, e lá não se adota a urna eletrônica para o exercício do mais suprime direito da democracia: "o voto", exatamente por serem passíveis de fraudes e de impossível descoberta.

Outro fato "estarrecedor",  termo muito utilizado pela presidente Dilma nos debates eleitorais, é o fato do voto na  urna eletrônica, quando conjugado com a biometria, 
 ser inconstitucional, porque deixa de ser secreto.

Diz o artigo 14 da Constituição Federal:
"Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e
 pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei" 
Ora, se a urna somente abre para votação quando o eleitor opõe sua impressão digital, a urna tem a hora, o minuto e o segundo em que o leitor identificado a abriu para votar, sabendo-se quanto tempo ele levou para votar entre a abertura (oposição da impressão digital) e o fechamento da  votação (teclando CONFIRMA). Assim com a identificação do eleitor e o momento exato de sua votação está identificado para quem ele votou.

Note-se bem, o momento exato da votação é facilmente identificado por mais outra razão: é que a urna eletrônica somente abrirá para o próximo eleitor se a votação tiver sido fechada pela tecla CONFIRMA.
 

Pois bem, quando se sabe a identificação do eleitor e o momento exato em que votou, não precisa ser perito em informática para saber que desta urna eletrônica é possível identificar eleitor, momento da votação e o seu voto e assim perder a característica constitucional de ser secreto.
Da mesma forma que não se pode fazer "SELFIE" na hora do voto por ele ser secreto, não se pode utilizar a urna eletrônica porque ela pode revelar para quem o eleitor votou.
Com a palavra Hélio Duque.
 
Antonio Carlos dos Santos é Advogado - OAB-PR 10.314.
 
Nota da redação: O texto é um contraponto ao artigo de Hélio Duque publicado na edição deste sábado do Alerta Total:  OLegislador e as Urnas Eletrônicas
 
Estupros
Além do quase literal, protagonizado por dois representantes do povo, estamos assistindo a uma sequência macabra de estupros violentos acometendo a sociedade brasileira. 

Eles se manifestam através das mais diversas formas: 

1) atos inacreditáveis de corrupção, envolvendo montantes financeiros de fazer inveja às mais nababescas fortunas, com desdobramentos que atingem funcionários, empresários e políticos , estes, como sempre, negando tudo; 

2) submissão abjeta do Parlamento, em troca de propina, sob forma de emendas, visando a livrar o governo do não cumprimento de lei de responsabilidade fiscal, invalidando a que vigorava e criando outra, capaz de se adaptar aos irresponsáveis gastos -"o diabo"- efetuados para garantir a reeleição; 

3) aparelhamento solerte de estatais, da justiça e de representações de classe, domesticando-as; 

4) economia com aguda anemia após gradual envenenamento ao longo do último mandato, aguardando providências que a tirem da paralisia; 

5) infraestrutura enfartada, embora tenham sido canalizados vultosos recursos para financiar a construção de portos em outras terras; 

6) criação de comissão hipócrita, formada para difamar agentes do estado, muitos  falecidos, esquecendo-se dos terroristas criminosos que atuaram no mesmo período, alguns hoje em postos de poder no governo;

7) saúde, educação e segurança pública com sérios hematomas advindos das agressões. 

Estes , entre outros, além dos confinados ao âmbito das inúmeras caixas pretas insondáveis que pululam em toda a parte, são alguns dos atos agressivos e estupradores que estão a minar o tecido básico da sociedade. 

Até quando ele suportará?
 

Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

 
Por que as instituições nada fazem contra a matriz de corrupção instalada no coração do poder? Mistério. Por que Bolsonaro suscita maior comoção e interesse entre os formadores de opinião do que as denúncias da geóloga Venina Velosa da Fonseca? Mistério. Por que o relatório de uma Comissão Nacional da Verdade que sepulta verdades e ressuscita mentiras ganha espaço como se credibilidade tivesse, malgrado afronte a própria lei que a criou? Mistério. Por que, para tantas pessoas, o mal está na mera existência da revista Veja e não nos crimes que ela denuncia? Mistério. Por que é tão solenemente ignorada a existência do Foro de São Paulo, como bem sinaliza Olavo de Carvalho? Mistério.

Por que não causou estranheza em parte alguma que a pessoa escolhida para ocupar a função de tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, seja, justamente, o ex-dirigente de uma cooperativa habitacional que lesou centenas de associados? Não está ele sendo processado por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica? Comanda as finanças do PT e só a Veja acha estranho? Mistério. Por que o partido que governa a República perdeu todo interesse em desvendar os enigmas em torno da morte de Celso Daniel? Mistério, mistério, mistério. Para onde quer que se olhe, lá está a densa bruma de onde quase se espera o surgimento de dragões, unicórnios e manticoras.

Pois eis que, de repente, fica-se sabendo que a presidente da República foi a Quito participar de uma reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e que nessa reunião foram tomadas diversas decisões envolvendo supostos interesses comuns aos países do bloco. E com que parcerias! Pois bem, as relações internacionais do Brasil, de uns tempos para cá, seguem estratégias incomuns e nos têm custado muito caro.

Não seria preciso mais do que isso para despertar o interesse da mídia nacional. Mas não despertou. Por quê? Mistério. E não me consta que alguém tenha gasto meia hora, seja na mídia, seja no Congresso Nacional, para investigar o que significará, na vida prática, algo tão enigmático (mormente entre nações sob tais governos) quanto a Unidade Técnica de Coordenação Eleitoral que passará a funcionar na Unasul. Por quê? Mistério.

Tampouco suscitou interesse a decisão de criar uma Escola Sul-Americana de Defesa, que até sigla já tem: Esude. E para que servirá a Esude? Para constituir "un centro de altos estudios del Consejo de Defensa Suramericano de articulación de las iniciativas nacionales de los Estados Miembros, formación y capacitación de civiles y militares en materia de defensa y seguridad regional del nivel político-estratégico". Será que só eu fiquei preocupado com isso? Será que só eu fui buscar informações e me deparei com este vídeo?

Terei sido o único a descobrir que, conforme ali se explica, a tal Esude tem por objetivo formar civis e militares afastados das "lições caducas com que se formavam nossos militares", as quais seriam "quase cópias dos manuais gringos, norte-americanos"? O que dizem sobre tudo isso nossos comandantes militares? Mistério.

Definitivamente, de duas uma: ou estou ficando incapaz de compreender o Brasil, suas instituições e seu povo, ou o Brasil está se tornando outra coisa qualquer.
 

Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor
 
Uma inútil lamúria

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Valmir Fonseca

Exceto alguns contundentes protestos, e até um processo judicial, lemos muitas lamúrias de militares da reserva e de alguns civis sobre o relatório da Comissão da Verdade.

Um General de Exército e da Ativa divulgou sua nota defendendo o seu falecido pai, listado com os demais (377), como um dos algozes dos comunistas nacionais.

As injustiças e as acusações do rancoroso relatório, certamente já deveriam estar enfiadas em nossos crânios muito antes de seu término.

Portanto, com surpresa, verificamos tantas queixas apontando incoerências e incorreções da Comissão, e ficaríamos boquiabertos se na sua apoteose, a famigerada agisse com mínimo de equilíbrio.

Infelizmente, dizem que somos pessimistas, ao que rebatemos, “somos realistas”.

Lamentavelmente, a Comissão que deveria ser alertada pelos comandantes militares sobre o que poderia acontecer, caso, não atuasse com dignidade, nunca o foi.

Sem freios, a Comissão chutou a paciência dos militares dignos e ofendeu personalidades como Presidentes e Ministros, os quais além do alto cargo no executivo foram ícones para os militares.

A Comissão usou e abusou, ofendeu, acusou e perjurou, não apenas militares de altíssimo escopo, mas as próprias Instituições Militares, inclusive a Força Aérea Brasileira, na pessoa de seu ínclito Patrono, o Brigadeiro Eduardo Gomes. 

Alguém esperava algo diferente?

Infelizmente, apesar da magnitude do revanchismo, ao qual cabia uma resposta ou interferência nos anos da nefasta e orientada pesquisa da Comissão, nenhum chefe militar reagiu e o desgoverno só prestigiou o revanchismo.

Quando estudamos nas Escolares Militares a figura do líder ou do chefe militar, lembramos de Gastón Courtois e cultuamos os ícones da nossa Identidade, desde Caxias, Osório, Sampaio e tantos outros, cuja vida é narrada em inúmeros livros, com passagens da maior grandeza, quando em decisão corajosa os lídimos chefes deram um basta no que maculava a sua Instituição Militar e a própria Pátria.

Aqueles baluartes são respeitados como um exemplo. Para o desconhecido universo da caserna de hoje, não?

Quantas epopeias de sua estória são lembradas com admiração? Mesmo quando eles provocaram prejuízos para si, mas nunca em sua dignidade?

Ah! Velhos tempos, quando os Valores e as Virtudes Militares faziam parte de nós.

Hoje, parece que os princípios mudaram, e esperamos que em breve não seja institucionalizada outra Comissão.  Bastou a das polpudas indenizações, e pela atual cúpula das Forças Armadas, o silêncio da submissão deverá perdurar.

Até quando? Não sabemos.

Alguns afirmam que pior do que está não poderá ficar; discordamos, a Pátria afunda econômica e moralmente, nomes de ruas de militares são substituídos por “heróis” comunistas, o mesmo ocorre com as estátuas que são derrubadas por decisão de velhacos criminosos.

Temos acompanhado o dia a dia da Nação, mais greves, mais assaltos, mais assassinatos, mais corrupções, mais drogas, mais mordomias e altos salários para os camaleônicos parlamentares.

A Nação está no fundo do poço, e nada visualizamos que poderá modificar este terrível cenário.

Por vezes, miramos a decadente Argentina, e muitos dizem que seremos aquele País amanhã, entretanto, lá vai firme a sua “presidanta”, como a nossa, e lá como aqui, nada é feito para mandar as duas para o quinto dos infernos.

Com pesar, concluímos que esta M... não tem solução. Não vemos nenhum segmento, classe, grupo, ou indivíduo que possa modificar o nefando rumo que seguimos.

Outros, desiludidos como nós, esperavam que as Forças Armadas pudessem atuar, pelo menos como um poder moderador, mas a nossa realidade é de total descrença, o comunismo - sócio - lulo - petista - sindicalista, pelas beiradas e por vezes com as fuças no meio do pote, segue lépido e sem oposição.

É triste, mas é a pura e desagradável verdade.

A Pátria não merece, mas o nosso povinho, sim.
 

Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada reformado.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nos Guararapes contra o invasor holandês, justificados e motivados pelo sentimento de pátria que o amálgama de raças e o amor à terra fazia surgir.

Fomos nós que asseguramos a Independência, que lutamos na Cisplatina e que defendemos a honra, os interesses, a soberania e o patrimônio da Pátria nas guerras e conflitos internos que abalaram, ameaçaram e fixaram nossas fronteiras e asseguraram a unidade nacional.

Fomos nós que, aliados a antigos adversários, fizemos malograr as intenções expansionistas de Solano Lopes.

Somos nós, do Exército Brasileiro, que temos na consciência o peso da participação na derrubada do Império e que conhecemos a responsabilidade que nos cabe na instauração desta República que, até os dias de hoje, envergonha a história política do Brasil.


 Fomos nós que lutamos em Canudos, no Contestado e na 1ª Grande Guerra Mundial. Fomos nós que, ao morrermos movidos pelos ideais "tenentistas", escrevemos a epopéia dos "18 do Forte"

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que ajudamos a colocar Getúlio no poder e não o impedimos de implantar o Estado Novo.

 Somos os mesmos que, em 35, sofremos na carne a traição e a agressão assassina de comunistas fardados, falsos camaradas, idiotizados pelo internacionalismo vermelho.
 Fomos nós que lutamos na Itália e que trouxemos de lá lauréis de bravura e de abnegação que refletem nosso exacerbado amor à  liberdade e à justiça.

Somos os mesmos, os do Exército Brasileiro, que, em MARÇO DE 1964, assumimos a liderança do clamor popular que repudiava a ameaça comunista que, mais uma vez, nos rondava às escâncaras e à sorrelfa, pregando mentiras e preparando o golpe de morte aos valores pelos quais sangráramos em guerras e revoluções.

 Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nas matas do Araguaia contra uma guerrilha de lunáticos, preparados por fanáticos da utopia comunista e liderados por falsos profetas que pregavam o ódio e exploravam desigualdades e injustiças que nunca pretenderam ou seriam capazes de corrigir.

Somos os mesmos que,  atônitos, vimos surgir nos grandes centros a ação deletéria, covarde e assassina de terroristas treinados longe da Pátria que, misturados às próprias vítimas, as usavam como escudo e camuflagem. Aprendemos, não sem perdas e sem o sacrifício de pessoas inocentes, a conhecê-los,  a combatê-los e a vencê-los!

Fomos nós que, com o espírito aberto e pacificador de Caxias, assistimos ao retorno dos banidos, dos fugitivos da justiça e dos exilados e que, inocentemente, alimentamos a crença de que, anistiados, voltavam ao convívio e ao aconchego da Pátria para ajudar na construção do Brasil livre, desenvolvido e democrático que o desejo da maioria impunha construir.
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que, como Soldados da Paz, arriscamos nossas vidas na África, no Timor Leste e na Bósnia. Fomos nós que, ao levarmos a paz e a solidariedade ao sofrido povo do Haiti, morremos com ele, soterrados no cumprimento do dever.

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que conduzimos e executamos as operações que resultaram na retomada de áreas ocupadas por facínoras e traficantes no complexo de favelas do Alemão, devolvendo e assegurando àquelas comunidades os direitos de cidadãos que a covardia, a omissão, os interesses e a conivência de políticos, governantes e até de policiais lhes haviam tirado.

Este rápido, superficial e incompleto passeio pela história de nossos feitos, faz ver que nós, do Exército Brasileiro, desde Guararapes até o "Alemão" e a “Maré”, carregamos e continuaremos a carregar a herança desses fatos que não pertencem ao passado ou aos que lá estiveram naqueles momentos, mas a nós todos, soldados de ontem, de hoje e do amanhã, porque é herança de honra e de glória!

O que está feito não pode ser mudado e pertence a todos nós. Não há ordem, relatório ou desconforto, de quem quer que seja, que nos possa fazer esquecer ou ser menos orgulhosos dos feitos e fatos que compõem a nossa história, sob pena de termos que abdicar do orgulho de sermos nós, os do Exército Brasileiro!

Que viva a história! Que viva o inesquecível 31 de março de 1964!

Relatório da Calúnia


Caros Amigos: Mais uma vez assisti a encenação das lágrimas da terrorista que nos governa.

Será que derramou alguma delas pelos inocentes que morreram vitimados pelos atos criminosos dos que com ela ombreavam e que, propositadamente, deixaram de ser lembrados no relatório que lhe trouxe tanta saudade e emoção?

Reporto-me a seu passado de ativista, idealizadora e partícipe de atos de guerrilha urbana, do qual tem tanto orgulho, e fico a imaginá-la aos gritos de exultação a cada sucesso de seus atentados.

Mais uma vez a vi mentir ao dizer que lutou pela democracia.

Quanta hipocrisia!

Há muito venho falando e escrevendo sobre a comissão nacional da verdade, ou da “calúnia”, como lhe ficaria mais justa a denominação.

Todas as vezes em que me referi ao relatório que estava a produzir o fiz com a convicção de que se tratava de algo inútil e falso, porquanto, desde sua criação, a comissão pautou seu trabalho pela linha da ilegalidade e do sectarismo.

Hoje, recebi da própria CNV a comprovação do que disse e escrevi.

Trata-se, de fato, de um agrupamento de pessoas selecionadas entre as mais comprometidas com os interesses ideológicos da facção criminosa que ocupa o poder da república. Esta, por sua vez, comprometida com a desonestidade, com a corrupção, com o desvio de recursos públicos e, dentre tantas outras adjetivações da canalhice, visceralmente amancebada com a mentira e radicalmente avessa à democracia!

Mesmo sem ler o extenso e inócuo relatório, encontro a prova da sua falsidade na lista de autoridades militares ditas como envolvidas em graves violações dos direitos humanos, porque nela consta, entre outros cujo passado ilibado conheço, o nome do meu pai, Gen Div Floriano Aguilar Chagas, já falecido.

A calúnia, o desrespeito e a covardia embutidos neste fato merecem e terão muito mais do que o meu veemente repúdio.

As pessoas que conheceram meu pai e que sabem e compartilham da admiração que meus irmãos, eu e nossas famílias dedicamos a ele, à sua memória e à sua obra - como cidadão, soldado, pai e amigo - podem avaliar o tamanho da revolta que se apossa de nós todos.

Nós e os amigos do meu pai não permitiremos que suas cinzas sejam usadas impunemente na tentativa de desviar a atenção da sociedade para o lado oposto da realidade e da verdade.

Nada mais oportuno para o governo corrupto da terrorista Dilma Rousseff do que a cortina de fumaça que inutilmente quer produzir para comover a sociedade e tentar encobrir os crimes que tem cometido contra o patrimônio nacional, protagonizando os momentos mais obscuros e vergonhosos jamais vividos pela Nação.

Meu pai foi, em março de 1964, contra-revolucionário de primeiro momento. Tenho muito orgulho de conhecer o desassombro com que, de imediato, ele e seus camaradas do Comando da 2ª Divisão de Cavalaria aderiram ao movimento salvacionista. Tenho muito orgulho do seu desempenho como Adido Militar junto à Embaixada do Brasil em Buenos Aires, onde conquistou admiradores para toda a vida, dizendo, com sinceridade e convicção, que em sua carreira andarilha de Soldado de Cavalaria acostumara-se a percorrer fronteiras e a cruzá-las para encontrar os amigos, irmãos sul americanos.

De que forma teria ele, como querem fazer crer os comissários, “atentado contra os direitos humanos” enquanto praticava com maestria e elegância a diplomacia militar?

Meu pai foi um homem de sucesso porque, sendo justo e rigoroso com todos e intransigente consigo mesmo, não fez inimigos nem teve desafetos, só amigos fieis e admiradores sinceros.

Um velho poema hebraico, cuja essência é a essência do caráter do soldado, diz:“Três verdades há no mundo; a verdade e a verdade e o fulgor da verdade.”

Eles responderão pela calúnia!
 

Paulo Chagas, General de Divisão na reserva, é Presidente do Ternuma.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Newton Álvares Breide

No final da década de 70, este jovem tenente cursava a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro. Ao retornar para casa, sempre encontrava na esquina da Belfort Roxo com Nossa Senhora de Copacabana, um mendigo de boa aparência, cerca de quarenta anos, mas com uma chaga na perna de dar dó. A ferida aberta ia do joelho quase até ao tornozelo. Ele, sentado na calçada, na passagem das pessoas, recebia esmolas de quase todos os transeuntes.

O desconforto que me causou a situação daquele coitado não me parecia possível resolver com apenas alguns trocados. Minha consciência pedia mais!

Na farmácia mais próxima comprei esparadrapo, gaze, água oxigenada, pomada secante, sulfa e coisas do gênero. Com a simplicidade de quem acha que está ajudando, agachei-me e entreguei a ele a sacola com os medicamentos. Sua reação ficou gravada na minha memória para sempre.

O tom de voz só era suplantado pelo olhar odioso que me destinou quando deixou fluir sua raiva ao dizer mais ou menos o seguinte: "Qual é a sua, cara? Quer acabar com o meu ganha-pão? Some daqui com essa porcaria!"

A ficha caiu. O falso mendigo queria manter a ferida aberta para sempre. Não lhe interessava ética, verdade, trabalho digno ou qualquer outro sentimento nobre. O vil metal, abocanhado com facilidade, fazia com que enganasse as pessoas com sua pretensa condição de desassistido e injustiçado pela sociedade. Ao longo daquele ano, quando passava pelo seu ponto privilegiado, ele sorria com sarcasmo e deboche.

O comportamento da Comissão Nacional da Verdade (CNV) é similar ao do falso pedinte. Não interessa a seus integrantes e àqueles que a criaram a pacificação que a Lei da Anistia propõe. A chaga tem de continuar aberta e sangrando para render polpudas indenizações a uns e menosprezo a outros!

Acusações sem provas, ilações infundadas, dúvidas risíveis e condenações sem direito ao contraditório e à ampla defesa maculam qualquer resquício de verdade que possam ter obtido.

Os crimes abjetos e violentos do terrorismo e da guerrilha – causa – foram esquecidos pela CNV. Só são lembradas as inconformidades da lídima repressão do Estado – consequência. Entretanto, sempre é bom lembrar que só ao Estado é dado o direito de emprego da força na sua autodefesa, quer seja a ameaça externa ou interna.

Em respeito à inteligência dos leitores, nem vou tratar do escopo ideológico da luta armada imposta ao Brasil pela esquerda radical. Até a velhinha de Santo André, que jura não ter o PT qualquer envolvimento na morte do Celso Daniel e no aparecimento de mais sete cadáveres, não engole o subterfúgio ardiloso de que as organizações terroristas lutavam pela democracia.

A sanha ideológica espúria que pautou a criação da malsinada CNV, estribada no revanchismo, produziu, tão somente, a versão fantasmagórica daqueles que pretendem mudar a história, transformando guerrilheiros, terroristas e outros criminosos em paladinos do bem.

A acusação pusilânime contra os generais presidentes é prova cabal da leviandade, parcialidade e má fé que de forma perene estão amalgamadas no seu relatório final.

O contundente absurdo, entre outros, vem com a proposta de um pedido de desculpas das Forças Armadas. Desculpas por ter evitado a "cubanização" do Brasil? Ou por impedir a nossa transformação em uma "maravilha bolivariana" onde a população não tem, sequer, acesso aos artigos de primeira necessidade?

Felizmente, essa ridícula proposta será atendida quando o sargento Garcia prender o Zorro ou os Comandantes das Forças Singulares se tornarem covardes. A probabilidade é a mesma!
 

Newton Álvares Breide é General de Divisão na reserva.
 
 
 21 de dezembro de 2014
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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