"Do ponto de vista custo-benefício, esse é o melhor programa do Estado. O custo é baixo, de 25 bilhões de reais, menor que o do seguro-desemprego, que deve consumir 35 bilhões de reais este ano.
O maior mérito do Bolsa Família é fornecer o dinheiro às pessoas, que podem usá-lo da maneira que elas acharem mais adequado. Podem comprar comida no supermercado, ou a roupa de que precisam, onde quiserem, na rede privada.
Não foi preciso que o governo construísse supermercados e comprasse alimentos.
O modelo é parecido com o que gostaríamos de fazer na saúde e na educação, em que os mais pobres receberiam uma ajuda financeira, um "voucher" e poderiam escolher a escola que desejassem para seus filhos, o hospital que melhor os atendesse. Não há necessidade de o governo construir colégios, clínicas, contratar educadores, médicos, nem adquirir equipamentos.
O único 'porém' do Bolsa Família é não ter um objetivo definido. Afinal, ele existe para perpetuar as pessoas na pobreza, ou para tirá-las de lá?
No meu entender, a medida do seu êxito deveria ser a redução do número de usuários.
Minha impressão é que querem manter a população na pobreza. Digo isso porque o governo parece festejar sempre que o número de usuários cresce."
17 de novembro de 2014
(João Dionisio Amoedo, Presidente do Partido Novo, Revista Veja)
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