E quanto será que o chefe dele roubou para financiar este governo corrupto desde 2003?
Pedro Barusco, bagrinho de José Dirceu na Petrobras, vai devolver R$ 252 milhões. O tubarão era Renato Duque.
O braço direito do ex-diretor de serviços da Petrobras, Pedro Barusco, fechou um acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato no qual se comprometeu a devolver US$ 97 milhões, o equivalente a R$ 252 milhões hoje. Pedro Barusco foi gerente-executivo de engenharia da Petrobras e, como o seu chefe, o então diretor de serviços Renato Duque, chegou ao cargo por indicação do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT) --o que Dirceu nega.
O braço direito do ex-diretor de serviços da Petrobras, Pedro Barusco, fechou um acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato no qual se comprometeu a devolver US$ 97 milhões, o equivalente a R$ 252 milhões hoje. Pedro Barusco foi gerente-executivo de engenharia da Petrobras e, como o seu chefe, o então diretor de serviços Renato Duque, chegou ao cargo por indicação do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT) --o que Dirceu nega.
Duque foi preso na última sexta-feira (14) e está na carceragem da PF em Curitiba. Barusco escapou por ter feito o acordo para contar o que sabe em troca de uma pena menor. Autoridades suíças bloquearam US$ 20 milhões que ele tem num banco do país. Sem citar nomes, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disse à Folha que um funcionário da Petrobras apanhado na Lava Jato se comprometera a devolver US$ 100 milhões.
Duque e Barusco são considerados pelos investigadores da Lava Jato como os principais operadores do PT na Petrobras no período entre 2003 a 2012. O ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, disse à Justiça que 3% do valor líquido dos contratos assinados pela diretoria de Duque eram repassados ao PT. A diretoria de serviços cuidava de projetos e licitações de grandes obras, como a refinaria Abreu e Lima e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). O custo dessas obras deve superar os R$ 200 bilhões.
Dois delatores da Lava Jato, Julio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo, disseram ter pago R$ 95 milhões a Duque e a Barusco em nome de empreiteiras para conseguir os contratos de cinco obras. O montante de US$ 97 milhões é o maior valor a ser devolvido nos pactos de delação já assinados na Lava Jato. Se confirmado, também é o maior valor já recuperado pelo governo brasileiro em operações contra a corrupção. No caso de desvios do ex-prefeito Paulo Maluf, por exemplo, o país conseguiu reaver US$ 32 milhões.
A Folha não localizou Barusco. Por meio de sua assessoria, Duque disse que as acusações são decorrentes de falsas delações. Sobre Dirceu, afirma tê-lo conhecido em 2003: participaram de uma reunião institucional e eventos sociais. Dirceu, via assessoria, disse que nunca teve relacionamento com os executivos.
(Folha de São Paulo)
17 de novembro de 2014
in coroneLeaks
(Folha de São Paulo)
17 de novembro de 2014
in coroneLeaks
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