"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O BRASIL DE SACO CHEIO

O país, sim, está de saco cheio dessa conversa fiada de defensores dos pobres, vítimas da elite opressora.


O país, sim, está de saco cheio dessa conversa fiada de defensores dos pobres, vítimas da elite opressora.

No mesmo dia em que os depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef eram divulgados (quinta-feira, 9), o ex-presidente Lula desabafava, numa plenária do PT: “Eu já estou de saco cheio”.

Referia-se naturalmente às denúncias de corrupção, que envolvem seu partido e a ele próprio. E acrescentava: “Nenhum petista pode aceitar que um tucano bicudo o chame de corrupto”.

Além de supor que a hipótese (não demonstrada) de o adversário habitar o mesmo chiqueiro o isentaria, Lula se esqueceu de que nenhuma das denúncias que “enchem o seu saco” partiu de tucanos.
Esses sempre foram exageradamente polidos na questão. Coube a FHC, ao tempo do Mensalão, esvaziar a campanha do impeachment. Lula, de certa forma, deve-lhe o mandato.

Quem denunciou o Mensalão foi um então aliado do governo Lula, o deputado Roberto Jefferson, que presidia o PTB. E quem está trazendo à tona o escândalo da Petrobrás é Paulo Roberto Costa, nomeado pelo próprio Lula diretor de Abastecimento e Refino daquela empresa. Dilma diz que não gostava dele, mas o incluiu numa seleta lista de convidados ao casamento de sua filha.

Não se trata, porém, de cuidar de afinidades, mas dos fatos. E esses tendem a continuar a “encher o saco” de Lula. O que veio a público dos depoimentos de Paulinho (forma carinhosa com que Lula o tratava) e Beto (outro apelido afetivo que indica intimidade) é só a ponta do iceberg. Vejamos.

Eles não puderam nominar os agentes públicos de escalão superior, aos quais fazem menção em diversas partes do depoimento, em face do benefício do foro privilegiado, que confere essa prerrogativa ao Supremo Tribunal Federal.
 
17 de outubro de 2o14
in graça no país das maravilhas

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